Candidato ao Senado pelo Paraná, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) afirmou hoje que repudia o mandado de busca e apreensão de materiais de campanha e uma ordem para remoção de publicações consideradas irregulares em suas redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. “Hoje, o PT mostrou a ‘democracia’ que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação do caso”, disse Moro.
A decisão da Justiça Eleitoral atende a pedido da Federação “Brasil da Esperança”, formada pelo PT/PCDOB/PV. A federação apontou que Moro colocou o nome do suplente de senador em tamanho e proporção inferior ao exigido pela lei eleitoral.
Moro também fez críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido é nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os governos do PT e do Lula. Não me intimidarão. Repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”, disse.
A sentença, da juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, foi dada na noite de quinta-feira (2), e a Justiça Eleitoral cumpriu neste sábado (3) a operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro.
O advogado de Moro, Gustavo Guedes, disse que os nomes dos suplentes estão de acordo com a lei eleitoral e que irá recorrer da decisão. A busca se deu na casa de Moro porque é o endereço indicado no registro da candidatura na Justiça Eleitoral. “Repudia-se a iniciativa agressiva e o sensacionalismo da diligência requerida pelo PT”, afirmou.