ALESC — A decisão do governo do estado de parar e reavaliar obras de revitalização de estradas estaduais, além de outras obras nos municípios, levou vários deputados a reagirem à iniciativa na sessão de terça-feira (14) da Assembleia Legislativa.
Na semana passada, o ex-governador, Carlos Moisés (Republicanos) foi cobrar explicações da administração Jorginho Mello (PL) sobre 19 obras, serviços e projetos iniciados na gestão anterior e paralisados na atual, entre elas a pavimentação em concreto da SC 477 em Canoinhas e os contratos de manutenção de Rodovias da região do Vale e Meio Oeste.
“Pararam inúmeras obras de revitalização de estradas. Quero focalizar no Oeste, estávamos sendo contemplados com uma série de obras, licitações, ordens de serviços, empresas instaladas para iniciarem as obras, mas quando o governo diz que vai parar, revisar, corremos o risco de retroceder. As empresas que ganharam a licitação vão discutir na Justiça, têm direitos, assim como o governo tem direito de questionar”, ponderou Fabiano da Luz (PT).
Napoleão Bernardes (PSD) seguiu o colega. “As próprias comunidades priorizaram essas obras, independente do CPF do governo, o CNPJ do estado firmou esses convênios e os municípios investiram recursos próprios, iniciaram as obras com anuência do estado. Entendemos os dois lados da moeda: de um lado o novo governo que está na sua análise de contas, mas por outro lado o contexto dos municípios, que investiram recursos próprios em projetos e desapropriações”, justificou Napoleão.
Neodi Saretta (PT) destacou o caso da SC-285, que liga Concórdia a Chapecó, assim como a ligação entre Concórdia a Jaborá e Capinzal a Piratuba.
“Apelo para que o governo possa agilizar os procedimentos”, declarou o ex-prefeito de Concórdia.
Carlos Humberto (PL) defendeu a decisão governamental e garantiu que as obras serão retomadas.
“O governo Jorginho tem o compromisso de investimento na infraestrutura, respeitará o que foi licitado e também aquilo que está por vir, este é o compromisso”, frisou.
Já o líder do governo, Massocco (PL), foi mais pontual, criticou a gestão passada e lamentou que algumas obras não sairão do papel.
“Houve portaria na véspera do encerramento do governo, inclusive anulando e suspendendo um monte de obras anunciadas. O governo que está chegando é eficiente, primeiro precisa se preocupar com a gestão pública, têm obras que estão custando R$ 5 mi por mil metros, vai ter de se avaliar isso, se faz necessário. E muitas obras não vão acontecer, os prefeitos receberam portaria, fizeram licitações, mas não tinha e não têm recursos empenhados”, garantiu Massocco.



