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Ao som do hino nacional, fazendeiros destroem barracos de ocupação do MST na Bahia

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O presidente Lula ainda não fez nenhuma declaração sobre as invasões feitas pelo Movimento.

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O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiu na última segunda-feira (27), três fazendas produtivas, de cultivo de eucalipto da empresa de papel e celulose Suzano, localizadas nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no extremo sul da Bahia. Além das terras da Suzano, uma quarta também foi ocupada.

Na quinta-feira (2), a Justiça da Bahia determinou a reintegração de posse da fazenda localizada em Mucuri. De acordo com a decisão do juíz Renan Souza Moreira, será cobrado uma multa de R$ 5 mil por dia em caso do descumprimento da medida, que autoriza o uso de força policial para a desocupação.

Cerca de 1.500 pessoas participaram da invasão. Divulgação / MST
Cerca de 1.500 pessoas participaram da invasão. Divulgação / MST

Na sexta-feira (3), um grupo de fazendeiros e empregados de fazendas desmontaram um acampamento montado em uma área invadida pelo Movimento dos Sem Terra para exigir a saída dos invasores, em Jacobina, interior da Bahia.

Com um caminhão de som tocando o hino nacional, fazendeiros fizeram um ato com um comboio de veículos. A área estava ocupada por cerca de 150 famílias do MST.

Barracos foram desmanchados e colchões incendiados. Houve ameaça de confronto, evitado com a chegada da Polícia Militar. Em menor número, os sem-terra saíram do local, indo para outro acampamento a alguns quilômetros dali.

Em vídeos feitos pelos próprios fazendeiros circulando em redes sociais, é possível escutar frases como “vai embora, cambada de vagabundo”, “quebra o pau nas costas deles”, “toca gasolina e bota fogo nos cara” e “estamos revidando”.

O presidente Lula ainda não fez nenhuma declaração sobre as invasões feitas pelo Movimento.

A expectativa em cima de um posicionamento do presidente é grande devido as declarações dadas por ele durante a campanha eleitoral, quando disse que o “MST só ocupava terras improdutivas.”.

Apesar do presidente Lula não se manifestar sobre o assunto, o governo federal está atuando. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que a pasta vai trabalhar na intermediação entre o MST e a Suzano. 

O ministro ainda afirmou que quer resolver o conflito pelo “diálogo” e que tem o propósito de reunir as duas partes envolvidas numa reunião na próxima semana.

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