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Ex-prefeito, esposa e filhos terão que devolver R$ 4 milhões aos cofres públicos

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O juiz ainda os condenou o ex-prefeito ao pagamento de multa civil no mesmo montante, o que  soma mais de R$ 4 milhões, e a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos.

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Condenados por improbidade administrativa pela comarca de Tangará, no Meio-Oeste catarinense, o ex-prefeito do município de Pinheiro Preto, Euzébio Calisto Vieceli, os dois filhos e a companheira deverão devolver R$ 2.2 milhões – acrescidos de juros e correção monetária, o que ultrapassará a soma de R$ 4 milhões -, como reparação ao dano causado.

Esse foi o valor acrescentado de maneira ilícita ao patrimônio da família durante o período de dois mandatos do gestor municipal. O juiz ainda os condenou ao pagamento de multa civil no mesmo montante, o que  soma mais de R$ 4 milhões, e a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos.

O enriquecimento da família ocorreu entre os anos de 2009 e 2016, quando o ex-prefeito esteve a frente da administração do Município de Pinheiro Preto. Conforme frisa o magistrado na sentença, nesse período houve “uma verdadeira evolução desproporcional de seu patrimônio e de seus filhos”.

O que antes era modesto, com carros populares e parte de imóveis herdados, passou a ter inúmeros imóveis, carros de alto padrão, referência à época, e aplicações bancárias. Em alguns anos, o valor de patrimônio, conforme declaração de Imposto de Renda, chegou a dobrar.

Em resumo, o prefeito adquiria imóveis, com dinheiro sem origem comprovada, e transferia para os filhos e a companheira. As movimentações financeiras eram volumosas, incompatíveis com a evolução dos seus patrimônios e rendimentos de cada um. Houve transferências bancárias vultuosas do prefeito para os filhos.

Nos autos consta que diversas movimentações nas contas bancárias não foram declaradas e também não foi possível identificar a origem e/ou destinação dos valores. No total, a perícia chegou ao valor de R$ 2.272.306,35, cuja origem da movimentação não foi comprovada.

Na sentença, cada um ficará responsável por devolver os valores acrescidos ilicitamente em seu patrimônio.

Um dos filhos foi condenado à perda dos valores acrescidos ao patrimônio apurados em R$ 1.197.520,09 milhão.

O outro, a devolver R$ 564.422,58 mil; a companheira do prefeito, que se beneficiou diretamente do enriquecimento ilícito da família, uma vez que também usufruiu do patrimônio e utilizava os extratos bancários, com dinheiro sem origem, para comprovar renda para manter sua filha estudando em outro país, foi condenada a devolver R$ 185.523,68 mil e a perda da função pública que atualmente ocupa junto ao Município de Pinheiro Preto. Cabe recurso da decisão.

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