A Polícia Civil encontrou quatro corpos estado de decomposição em uma chácara no bairro Ulisses Guimarães, zona sul de Joinville, na quarta-feira (22). Como o buraco era fundo, a polícia precisou de ajuda dos bombeiros e de maquinários da prefeitura para desenterrá-los. O local foi encontrado após denúncias anônimas de moradores.
O delegado Dirceu Silveira Júnior, titular da Delegacia de Homicídios, confirmou que os quatro mortos são todos homens, sendo um deles menor de idade. A motivação e como os assassinatos ocorreram são apurados.
A polícia já sabe que os assassinatos ocorreram no dia 7 de janeiro. Os corpos foram encontrados cerca de dois meses e meio após os crimes. Um casal foi preso suspeito de envolvimento até o momento.
Um dia depois da morte dos quatro, em 8 de janeiro, outra chacina vitimou sete trabalhadores que viviam em um alojamento no bairro Morro do Meio, também em Joinville. Foram 11 assassinatos em dois dias.
Apesar de terem sido praticados em um mesmo fim de semana, o delegado diz que, inicialmente, os casos não têm ligação entre si.
O que se sabe é que integrantes de uma mesma facção criminosa teriam praticado os assassinatos. Os locais onde as vítimas das duas chacinas foram localizadas ficam distante cerca de 11 quilômetros um do outro.
Os corpos achados na quarta-feira (23) foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), onde peritos trabalham para confirmar a identidade das vítimas, que teriam entre 16 e 39 anos, e descobrir a causa das mortes.
Os quatro corpos encontrados enterrados ontem eram de pessoas da mesma família que estavam na cidade à passeio, revelou o delegado.
Os quatro, segundo o investigador, eram de Campo Largo (PR) e estavam há cerca de uma semana em Joinville. Inicialmente, eles visitavam um parente quando foram ameaçados por integrantes de uma organização criminosa, completou o delegado.
A polícia chegou ao caso após parentes procurarem a delegacia no Paraná e relatarem o desaparecimento. Depois da intimidação, as vítimas teriam trocado a estadia para um imóvel no bairro Ulysses Guimarães, onde foram novamente encontradas e mortas. Um dos mortos tinha passagem policial por tráfico de drogas no Paraná.



























