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Réu é condenado feminicídio; corpo da vítima nunca foi encontrado

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Vítima tinha três filhos, sendo dois adolescentes e um jovem adulto. O corpo dela foi jogado em rio que chega a 25 metros de profundidade.

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Em sessão realizada na sexta-feira (10), o Tribunal do Júri da Comarca de Concórdia acolheu a tese apresentada pelo Promotor de Justiça Luis Otávio Tonial e condenou o homem que estrangulou a namorada até a morte e jogou o corpo no rio Uruguai, no Oeste catarinense. O corpo nunca foi encontrado.

Conforme a denúncia, o relacionamento entre Roseli Fátima Stoll, de 38 anos, e o réu, era conturbado, pois ele sentia muito ciúme dela, fato que resultava em muitas brigas. Cansada da situação, ela estava determinada a terminar o relacionamento.  

Entretanto, na noite do dia 2 de dezembro de 2021, o réu foi ao encontro de Roseli na saída do trabalho e, agindo com normalidade, fez com que ela o acompanhasse até sua residência. Na sequência, já dentro da casa, ele a estrangulou, envolvendo seu pescoço com um cinto, impedindo que ela respirasse.  

No outro dia, 3 de dezembro de 2021, após matar a namorada, ele enrolou o corpo dela em um lençol, colocou em seu carro e levou até o interior do município de Alto Bela Vista. Uma câmera de videomonitoramento localizada na residência do réu flagrou o momento em que ele estava com a vítima em seus braços, envolta no lençol, segundos antes de colocá-la dentro do automóvel.  

Ao chegar na margem do rio Uruguai, amarrou pedras ao corpo dela e soltou na água. O local chega a 25 metros de profundidade. Depois de 15 dias de buscas, os mergulhadores encerraram os trabalhos. O corpo submergiu e nunca foi encontrado.  Na época, o homem foi preso e confessou o crime à Polícia Civil, na presença do advogado.

O réu foi sentenciado a cumprir 17 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, por homicídio quadruplamente qualificado por motivo torpe, asfixia, dissimulação e feminicídio, e pelo crime de ocultação de cadáver.

Ele também deverá pagar R$ 50 mil à família da vítima pelos danos morais sofridos. Cabe recurso da sentença, mas ao réu foi negado o direito de recorrer em liberdade.  

Roseli Fátima Stoll era de Encruzilhada Aratiba, no Rio Grande do Sul, mas morava em Concórdia há pelo menos quatro anos, onde trabalhava como cozinheira em um restaurante. Ela deixou três filhos, sendo dois adolescentes e um jovem adulto.

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