Cinquenta e cinco municípios foram afetados pelo ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul, conforme atualização divulgada pela Defesa Civil nesta quarta-feira (21). O governo do estado definiu o acontecimento como o maior desastre natural relacionado a chuvas dos últimos 40 anos. Inundações tomaram conta de casas, hospitais e universidades. Também houve deslizamentos de terra, falta de energia e estradas bloqueadas (veja fotos ao final da matéria).
Cerca de 15 mil pessoas estão fora de casa – entre desabrigados e desalojados – e 16 mortes registradas até o momento. Uma das vítimas era professora no Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Agnes Schmeling estava em casa quando um deslizamento atingiu sua residência. O marido e a mãe da professora também morreram.
Nesta quarta-feira (21), em Brasília, a comitiva liderada pelo governador Eduardo Leite apresentou ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) um cálculo inicial de R$91,6 milhões para reconstrução dos principais estragos causados pelo ciclone extratropical.
“Esse foi o pior evento climático dos últimos 40 anos no Rio Grande do Sul. Trouxemos a Brasília uma comitiva com secretários estaduais e deputados para reforçar a mobilização por esse apoio. É importante que estejamos todos na mesma página e possamos agilizar os trâmites para auxiliar quem necessita”, afirma Eduardo Leite.
De acordo com o governo do Estado, espera-se que mais de 40 decretos sejam enviados à União nos próximos dias.
O estado pede à União:
- R$ 30,6 milhões para recuperação de rodovias, pontes e estradas;
- R$ 26 milhões para 88 escolas afetadas;
- R$ 20 milhões para hospitais e postos de saúde;
- R$ 15 milhões para construção de casas.
Por ser um cálculo inicial, os valores podem aumentar, diz governo.
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