Uma urna funerária, que foi ‘esquecida’ por um cliente em um bar na cidade de Itapema, no Litoral de Santa Catarina, foi resgatada ontem (15), após familiares terem conhecimento do caso pela internet.
Segundo Ademilson Quaresma, dono do conhecido Bar do Zico, onde o objeto fúnebre havia sido deixado, o filho do homem que teve os restos mortais depositados na urna foi até o estabelecimento para buscá-lo, por volta das 18h.
Ele contou que foi o seu irmão que deixou a urna no local, há cerca de um mês. Por estar transtornado, e não aceitar que o pai tinha morrido, ele passou pelo bar e deixou a urna em cima do balcão, sem perceber.
O filho do falecido revelou ao dono do bar que que o pai morreu há 48 dias. A ideia da família é levar as cinzas para Israel, onde moram parentes. Segundo Ademilson, o homem pediu discrição sobre o assunto e não revelou mais detalhes.
“São uma família muito bem sucedida, família toda de empresários. Pediram pra não falar mais sobre isso, está muito recente. Pai dele faleceu, ele se emocionou quando pegou a urna e foi embora”, detalha.
Relembre o caso
O objeto fúnebre foi deixado no Bar do Zico por um cliente que entrou no estabelecimento, comprou uma água, e logo saiu, deixando uma sacola preta onde estava a urna com as cinzas.
Natural de Caçador, no Oeste do estado, o dono do “Bar do Zico”, disse que inicialmente pensou que a urna era um vaso de flores, pois nunca havia visto uma urna funerária antes. Ele só percebeu a sacola com o objeto ao final do expediente, quando estava fechando o bar.
Contou que, por volta das 3h da madrugada, quando se organizava para fechar o local, foi limpar o balcão e se deparou com a surpresa.
“Eu enxerguei uma sacola preta e fui abrir para ver o que tinha dentro. Foi então que eu me deparei com aquilo que eu imaginava ser um vaso. Até pensei em colocar uma flor ali dentro ou guardar moedas. Depois me falaram que era um defunto que estava ali dentro. Eu não quis abrir, nem ver. Uma senhora que estava no bar abriu, disse que tinham restos de cinzas e um papel lá dentro. Meu Deus do céu”, comenta.
A mulher abriu a urna funerária e visualizou que ela estava cheia de cinzas e que dentro também tinha um cartão, mas ele não foi aberto.
Ademilson contou que todo dia acendia uma vela, rezava um Pai Nosso e uma Ave Maria, e pedia que a pessoa encontrasse o caminho da luz.
Quaresma, depois de passar um mês com o objeto nada convencional em seu bar, diz que agora está aliviado.