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Calúnia de Lula leva Bolsonaro a pedir retratação pública e indenização

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Após acusar Bolsonaro de ter ‘roubado móveis’, governo constata que nenhum item do Palácio da Alvorada foi extraviado.

Com estardalhaço incompatível com a dignidade da Presidência da República, Lula da Silva acusou Jair Bolsonaro e sua mulher, Michelle Bolsonaro, de terem “levado tudo” com eles do Palácio da Alvorada – cerca de 260 móveis e objetos de decoração. Ou seja, patrimônio público.

“Se fosse dele, ele tinha razão de levar mesmo, mas ali é uma coisa pública. Eu não sei por que tem que levar uma cama embora”, afirmou Lula durante um café da manhã com jornalistas no dia 12 de janeiro de 2023.

Exatamente uma semana antes do encontro do petista com a imprensa, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, havia conduzido uma equipe de reportagem da GloboNews por uma espécie de tour pela área privativa da residência oficial. Por meio da imprensa, Janja queria denunciar ao País o tal “sumiço” dos móveis e exibir o grau da degradação que Bolsonaro e Michelle teriam promovido no Alvorada.

A suposta rapinagem da residência oficial da família presidencial levou Lula a gastar quase R$ 200 mil para aquisição de novo mobiliário, incluindo um sofá reclinável que custou R$ 65 mil, para recompor as peças ‘levadas’ por Bolsonaro. Porém, muito mais escandalosas que o dispêndio desse montante de recursos públicos – foram a mentira e a dissimulação do atual governo.

Os cerca de 260 móveis e peças de decoração que teriam sido surrupiados pelo casal Bolsonaro foram encontrados, ora vejam, nas dependências do próprio Palácio da Alvorada. E o governo Lula da Silva sabia disso desde ao menos setembro do ano passado, mas nada disse. A informação foi obtida pelo jornal Folha de S.Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação.

Após as compras de Lula e Janja, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro cutucou o casal com relação aos gastos no Palácio da Alvorada: “Os móveis estão lá. Só que, infelizmente, os que pregam a humildade, a simplicidade, não querem viver no simples, zombando e brincando com o dinheiro do contribuinte”. No fim, Michelle Bolsonaro ironizou pedindo por uma ‘CPI dos móveis do Alvorada’.

O governo Lula da Silva escondeu da sociedade durante seis meses uma informação de interesse público – afinal, o presidente havia acusado seu antecessor de ter furtado patrimônio público, nada menos – apenas e tão somente para encobrir o que se revelou ser uma calúnia do petista.

INDENIZAÇÃO

O ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com uma ação contra Luiz Inácio Lula da Silva na qual exige do atual presidente uma retratação pública e indenização, por ter sugerido o desaparecimento de móveis do Palácio da Alvorada.

A ação por danos morais foi apresentada ontem (23), por Bolsonaro e sua mulher, Michelle, ao Juizado Especial Cível do Distrito Federal, segundo documento enviado à AFP pelo advogado Fábio Wajngarten.

Na última quarta-feira, o governo Lula divulgou uma nota em que afirma ter encontrado 261 itens do palácio presidencial que não haviam sido localizados em janeiro de 2023, quando ele assumiu o poder, e que estavam “abandonados em depósitos externos”.

Bolsonaro e Michelle pedem que Lula se retrate “na mesma proporção do dano” que causou, além de uma indenização de 20 mil reais, a ser revertida para uma ONG.

Lula quis “atribuir aos autores fatos inverídicos, com o nítido intuito de manchar a sua reputação”, diz o documento. “Convocar a mídia para afirmar que os autores teriam ‘levado’ e ‘sumido’ com os bens públicos” é “reprovável e irresponsável”, acrescenta.

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