Na manhã desta sexta-feira (24), por volta das 5h15, a cidade de Guaramirim foi cenário de um brutal feminicídio. Juliana Grasiela Pinheiro Wirth, de 40 anos, foi assassinada a facadas por um homem de 40 anos, natural do Paraná. Segundo a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), o autor do crime, Gilberto Ludvichak, possui antecedentes criminais por homicídio, estupro de vulnerável e tentativa de envenenamento doloso.
Juliana, que também tinha passagens policiais por maus-tratos, ameaça, abandono de incapaz, furto e receptação, segundo informado pela PM, morava com seu filho de 2 anos em uma casa alugada no bairro Nova Esperança. A criança, que é especial, teria presenciado o assassinato.
O suspeito do crime era, em tese, namorado da proprietária da casa onde Juliana vivia. A tragédia teve início após uma discussão entre as duas mulheres, motivada por uma denúncia de Juliana contra a proprietária por maus-tratos, resultando em uma intimação. Inconformado com a situação, o companheiro da proprietária teria ido até a casa e esfaqueou Juliana enquanto ela dormia ao lado do filho.
Após cometer o crime, o autor deixou o local e informou à namorada que havia “resolvido a situação”. Desconfiada da versão dele, a namorada não acreditou imediatamente. O homem retornou ao local do crime, filmou a vítima morta e cuidou da criança, arrumando-a na cama e dando-lhe comida.
Ao ver a gravação, a namorada do suspeito passou mal e foi encaminhada ao hospital, onde contou o que aconteceu e a polícia foi acionada. Os policiais prenderam o suspeito na unidade de saúde e ele forneceu detalhes sobre o crime, incluindo a localização da faca utilizada.
A proprietária da casa onde Juliana morava deu uma entrevista exclusiva ao repórter Willian Fritzke, onde conta a sua versão dos fatos. O relato dela é impressionante. Assista no vídeo abaixo.
Suspeito havia saído do presídio no início do mês, onde cumpria pena por outro crime
O suspeito, Gilberto Ludvichak, já foi condenado pela morte de uma adolescente de 15 anos, crime que ocorreu também em Guaramirim em 2014. A informação foi confirmada pela Polícia Civil e Militar. O condenado estava em regime aberto desde 6 de maio.
Em 2015, Gilberto foi condenado a 18 anos e 8 meses pelo assassinato da cunhada Claudiane, de 15 anos.
Segundo a investigação, o homem levou a adolescente até um motel em Guaramirim, onde a matou após ela negar ter relações sexuais.
Em seguida, transportou o corpo dentro do porta-malas até o bairro Caixa D’Água, na zona rural da cidade, onde ateou fogo. Ele foi preso três meses após o crime.