Médicos retiram ‘feto parasita’ de crânio de bebê de 1 ano

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A menina não resistiu à cirurgia e faleceu 12 dias após o procedimento.

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Uma menina de apenas um ano da China faleceu após uma cirurgia complexa para remover um “feto parasita” de seu crânio. A condição rara, conhecida como “fetus in fetu”, se manifestou através do aumento do perímetro da cabeça da criança e da dificuldade em ficar em pé.

Inicialmente, os médicos suspeitaram de um tumor, mas exames detalhados revelaram a presença de um feto gêmeo não desenvolvido dentro do crânio da bebê.

O feto, que media 18 centímetros e já tinha desenvolvido braços, olhos e cabelo, ocupava espaço significativo na cabeça da criança, pressionando o cérebro e causando os sintomas observados.

Apesar da cirurgia delicada e da expertise da equipe médica, a menina não resistiu ao procedimento e faleceu 12 dias depois.

Histórico do caso

Na 33ª semana de gestação, durante um check-up pré-natal de rotina, foi identificado que o perímetro cefálico do feto estava maior do que o esperado para o período.

Devido à incapacidade de determinar qual seria o problema por meio de ressonâncias magnéticas, foi realizado um parto com 37 semanas. Ao nascer, a cabeça do bebê era maior do que a de um bebê com a mesma idade.

Ao longo de ser desenvolvimento, apesar de não apresentar sintomas como náusea ou vômito, a criança só conseguia levanter ligeiramente a cabeça. Era incapaz de se sentar ou caminhar e só conseguia pronunciar a palavra “mãe”.

Uma tomografia computadorizada de crânio revelou tecidos moles e ossos semelhantes a um membro na área intracraniana.

Os médicos acreditaram que poderia se tratar de um grande tumor por conta das defesas produzidas pelo corpo da menina ao redor do feto.

Foi realizada uma cirurgia para a retirada do feto. A paciente ficou inconsciente após a cirurgia e teve convulsões difíceis de serem controladas. A criança faleceu 12 dias após o procedimento.

Fatores que contribuem para o “fetus in fetu”:

Embora as causas exatas do “fetus in fetu” ainda sejam objeto de estudo, acredita-se que a condição esteja relacionada à separação anormal de células durante o desenvolvimento embrionário. Em alguns casos, essas células migram para outras partes do corpo, como o crânio, e continuam a se desenvolver de forma incompleta.