Em meio a questionamentos de líderes internacionais e com apenas 80% das urnas apuradas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o órgão máximo eleitoral do país, proclamou na tarde desta segunda-feira (29) Nicolás Maduro como presidente da Venezuela.
Com o anúncio do CNE, que é liderado por um aliado de Maduro, o presidente venezuelano foi confirmado para mais um mandato à frente do país. Caso chegue ao fim do novo mandato, Maduro terá ficado no poder por um total de 17 anos – mais do que seu antecessor Hugo Chávez, que governou a Venezuela por 14.
Mais cedo, o órgão já havia declarado vitória de Maduro nas eleições presidenciais realizadas no domingo (28) no país, mas com base em uma contagem parcial de votos.
Segundo o CNE, liderado por um aliado do presidente venezuelano, Maduro teve 51,2% dos votos, e o principal candidato da oposição, Edmundo González, 44%. O resultado indica uma diferença de 704 mil votos entre os dois candidatos.
O resultado da eleição é alvo de desconfiança de especialistas e autoridades internacionais. A oposição contesta os números e diz que o González venceu Maduro com 70% dos votos.
Diante desse cenário, diversas autoridades internacionais pediram transparência na apuração. Na contramão, presidentes e autoridades de países como Rússia, China, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua, parabenizaram Maduro pela vitória.
No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
A última atualização dos números foi na madrugada desta segunda, quando o site do CNE saiu do ar –como os dados finais ainda não foram divulgados, esses números podem mudar.