Uma jovem de 19 anos está sendo investigada por um crime inusitado em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. A mulher é suspeita de ter furtado ossos de um cemitério e jogá-los no terreno da casa da mãe de seu ex-companheiro, de 21 anos. O caso, que está sendo apurado pela Polícia Civil, configura crime de vilipêndio de cadáver.
De acordo com o relato do ex-companheiro à polícia, a suspeita não teria aceitado o fim do relacionamento e, por isso, teria realizado um ritual espiritual contra ele. A ossada foi encontrada enrolada em uma linha preta com o nome e a data de nascimento do homem. A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência.
Negação da suspeita e investigação
Em depoimento à Polícia Civil, a mulher negou qualquer envolvimento no crime e afirmou que “não faz trabalho para o mal” e que “não pode mexer no que é do cemitério”.
A Polícia Militar confirmou que a suspeita publicou um vídeo nas redes sociais no sábado (28) dentro de um cemitério, aparentemente realizando uma oferenda. A Polícia Civil também teve acesso à filmagem.
Antecedentes e encaminhamento para análise
O ex-companheiro da mulher relatou que, dias antes do fato, ele havia encontrado um galo sem cabeça e enrolado na mesma linha preta no mesmo terreno.
A ossada foi encaminhada ao setor de Antropologia Forense da Polícia Científica para exames periciais. O objetivo é verificar se os ossos são humanos e, se possível, realizar a identificação. Os resultados serão enviados à Polícia Civil para subsidiar a investigação.
Crime de Vilipêndio de Cadáver
O crime de vilipêndio de cadáver está previsto no Art. 297 do Código Penal Brasileiro e pune quem “subtrai, viola ou ultraja o cadáver ou suas cinzas”. A pena prevista é de reclusão de um a três anos, além de multa.
Acompanhamento do caso
O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que busca esclarecer todos os fatos e determinar a responsabilidade da suspeita. A ossada humana, se confirmada, também será investigada quanto à sua origem e a eventual prática de outros crimes.