Priscila Eliz Sinhori, de 26 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro na tarde de sábado (30), em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais do Paraná. Câmeras de segurança registraram os momentos finais da jovem, que tentou fugir do agressor antes de ser brutalmente assassinada.
Nas imagens, Priscila aparece correndo em direção a uma van estacionada, enquanto o suspeito se aproxima por outro lado.
Ela tenta buscar abrigo no veículo, mas é impedida pelo homem. O agressor a ataca fisicamente e, em seguida, realiza os disparos que tiraram sua vida. Após o crime, o homem fugiu, mas foi preso em flagrante pela polícia horas depois e será indiciado por feminicídio.
Antecedentes e contexto
Priscila havia encerrado um relacionamento de nove anos com o suspeito há cerca de um mês e meio. Após a separação, o homem teria agredido a jovem, o que levou à emissão de uma medida protetiva contra ele.
Segundo a Polícia Civil, o crime pode ter sido motivado por ciúmes, mas a investigação segue para confirmar a motivação exata.
No dia do crime, Priscila foi visitar uma ex-vizinha no bairro onde morava anteriormente, momento em que foi surpreendida pelo agressor. Ele insistiu em conversar, e diante da recusa da vítima, iniciou a perseguição que culminou no assassinato.
Marcos Felipe Sinhori, irmão da vítima, afirmou que a família, residente em Rebouças, está desolada com o ocorrido. Priscila vivia em Ponta Grossa há cerca de 10 anos, onde trabalhava como motorista de van para uma empresa local. O veículo usado no trabalho foi o mesmo onde tentou se abrigar durante o ataque.
A família destacou a necessidade de justiça e melhores mecanismos de proteção para mulheres em situações de risco.
A ausência de ajuda por parte de motoristas que passaram pelo local do crime também chamou atenção, levantando discussões sobre a responsabilidade coletiva em casos de violência.