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La Niña, esperança de trégua no calorão, não vai ser o suficiente para conter efeitos do aquecimento

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O ano de 2024 está terminando com o mais quente da história, quebrando o recorde de 2023, que também tinha sido o mais quente.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou na manhã desta quarta-feira (11) que a La Niña, fenômeno que diminui as temperaturas, deve acontecer ainda este ano, mas não vai ser o suficiente para reverter o aquecimento que estamos vivendo.

A chegada da La Niña era esperada para aliviar o calor intenso de 2024, depois de um El Niño extremo e com o ano terminando com o mais quente que a Terra já passou. A expectativa era de que ela trouxesse algum alívio, ainda que temporário, principalmente para a região Norte.

O fenômeno envolve o resfriamento das temperaturas da superfície do oceano e pode interromper um período de altas temperaturas.

As previsões mostram que há 55% de probabilidade de uma transição para o La Niña entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, disse a OMM em comunicado distribuído à imprensa. Em julho, quando foi prevista, as chances eram de 70%.

“Mesmo que ocorra um evento La Niña, seu impacto de resfriamento em curto prazo será insuficiente para contrabalançar o efeito de aquecimento dos gases de efeito estufa recordes que retêm o calor na atmosfera”, disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

A previsão da OMM indica que temperaturas acima do normal generalizadas da superfície do mar devem persistir em todas as bacias oceânicas, exceto no Oceano Pacífico oriental quase equatorial. Segundo os especialistas, essa pode ser a causa para o menor impacto do fenômeno.

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