O sequestro da bebê Eloah Pietra Almeida dos Santos, de 1 ano e seis meses, foi reportado no sistema nacional Amber Alert, que notifica usuários do Facebook e Instagram sobre desaparecimentos no país.
O Amber Alert é uma ferramenta que notifica usuários que estão em um raio de 160 quilômetros de onde a pessoa foi vista pela última vez. O sistema foi criado em 2023, a partir em uma parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a empresa de tecnologia Meta.
Quando uma mensagem de desaparecimento é enviada no sistema, ela fica disponível por, no mínimo, 24 horas nas redes sociais. Os alertas vigentes também podem ser conferidos no site do Amber Alert Brasil.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública explica que a postagem serve para comunicar a população sobre o desaparecimento e, também, pedir auxílio nas buscas.
Conforme a Polícia Militar (PM-PR), Eloah foi levada de casa, em Curitiba, na quinta-feira (23). A sequestradora se apresentou à família dela como agente de saúde. Informações sobre o paradeiro da vítima podem ser passadas pelo número 190, de maneira anônima. Saiba detalhes do caso abaixo.
Antes de sequestrar Eloah Pietra Almeida dos Santos, de 1 ano e seis meses, a suspeita abordou a família alegando que recebeu uma denúncia de maus-tratos à bebê, segundo disse o secretário de segurança pública do Paraná, Hudson Teixeira, à RPC.
Conforme o secretário, o pai e a mãe da criança não possuem antecedentes criminais.
“O perfil das vítimas não é característico de uma situação de sequestro. São pessoas humildes, pessoas trabalhadoras. Nem o pai, nem a mãe tem antecedentes criminais. Mas nós não descartamos nenhuma possibilidade”, afirma.
Os pais e tios da menina foram ouvidos no início desta sexta-feira (24), na sede do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial da Polícia Civil, em Curitiba.
As buscas pela criança continuam nesta sexta e Teixeira garante que todas as forças policiais do país foram mobilizadas. Segundo ele, a inteligência da Polícia Militar está verificando câmeras de segurança para encontrar Eloah.
O secretário não deu mais informações sobre o caso para não atrapalhar o andamento da investigação.
O sequestro
O sequestro aconteceu no bairro Parolin. A suspeita do crime, segundo a família, vestia um avental e máscara sanitária. Ela chegou à casa da família por volta das 11h50 de quinta e se identificou como agente de saúde, de acordo com a mãe da bebê.
Conforme a polícia, a suspeita alegou que a mãe da criança, de 27 anos, precisava fazer um exame de sangue devido a uma denúncia.
Em entrevista à RPC, a avó da criança, Maria Isabel Alves dos Santos, disse que a sequestradora deu um líquido verde para a mãe da criança beber como preparação ao suposto exame. Em seguida, pediu que ela e a criança entrassem no carro.
Quando elas já estavam no veículo, a suposta agente pediu que a mãe prendesse a criança na cadeirinha.
No momento em que ela desceu do carro para arrumar a cadeirinha, a mulher acelerou, levando a criança e deixando a mãe para trás.
As forças policiais ainda não sabem a identidade da sequestradora. Ela levou a criança em um carro branco sem placas.
Eloah vestia uma roupa rosa e o veículo da suspeita é da marca Fiat.