Após uma reunião de horas, Governo e caminhoneiros anunciam proposta de acordo para suspender a paralisação por 15 dias. Na verdade o que se viu foi representantes DO GOVERNO anunciando o acordo.
Em foto oficial divulgada na mídia, não se viu um só representante da classe dos motoristas.
Pelo texto do acordo, os representantes das entidades de caminhoneiros que participaram da reunião se comprometeram a “apresentar aos manifestantes” os termos do acordo.
A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) não assinaram o documento.
Embora a reunião só tenha acabado à noite, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, deixou a reunião no Planalto por volta das 15h30.
Na saída, ele afirmou que a entidade não aceitava a proposta do governo. A Abcam diz representar 650 mil caminhoneiros, com 600 sindicatos espalhados pelo Brasil.
“Todo mundo acatou a posição que pediram, mas eu não. Vim resolver o problema do PIS, do Cofins e da Cide, que tá embutido no preço do combustível” disse Lopes.
“Não somos representados (pelas associações que estão na reunião). Somos caminhoneiros individuais. Se a gente não estiver participando, não vai ter nenhum resultado. Pode sair de lá e falar que acabou a paralisação, que não adianta.
A gente só libera a rodovia quando sair no Diário Oficial. Não estamos pedindo esmola, estamos pedindo o nosso direito“.
Para eles, o Governo jogou, na mídia comprada, a informação de que a greve está suspensa.
Os principais pontos do acordo
-Reduzir a zero a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), em 2018, sobre o óleo diesel, bem como as necessárias providências decorrentes dessa medida;