Estudos anteriores mostraram que cochilos e dormir muito causam alterações desfavoráveis nos níveis de colesterol e aumento da circunferência da cintura, ambos são fatores de risco para derrame. |
A informação de que a baixa qualidade do sono interfere em vários aspectos da nossa saúde é bem aceita e difundida. Só que, normalmente, a falta de qualidade está relacionada à privação de sono.
Agora, uma pesquisa da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, na China, mostra que dormir demais também pode ser um problema.
Longos cochilos ( por mais de uma hora e meia) também são prejudiciais. |
De acordo com o estudo publicado no periódico científico Neurology, o excesso de sono pode aumentar consideravelmente o risco de um acidente vascular cerebral (AVC).
“Esses resultados destacam a importância da duração moderada do sono e da manutenção da boa qualidade do sono, especialmente em adultos de meia-idade e idosos”, disse Xiaomin Zhang, líder do estudo, ao site especializado Medical News Today.
Longos cochilos com mais de 90 minutos também impactaram negativamente o risco para o problema. Os participantes que mantinham esse hábito apresentaram um risco 25% maior de AVC do que aqueles que cochilavam por até 30 minutos.
Já os participantes que dormiam mais de 9 horas por noite e tiravam cochilos de mais de 90 minutos durante um dia apresentaram um risco aumentado de 85% para AVC.
“Mais pesquisas são necessárias para entender como tirar longos cochilos e dormir mais horas a noite pode estar associado a um risco aumentado de acidente vascular cerebral, mas estudos anteriores mostraram que cochilos e dormir muito causam alterações desfavoráveis nos níveis de colesterol e aumento da circunferência da cintura, ambos são fatores de risco para derrame. Além disso, essas duas práticas podem sugerir um estilo de vida sedentário, que também está relacionado ao aumento do risco de AVC.” explica o Zhang.
Os resultados permaneceram mesmo após serem incorporados fatores de risco para AVC, como tabagismo, consumo de álcool, prática de atividade física, histórico familiar de acidente vascular cerebral, índice de massa corporal e outras características de saúde e comportamento.
Surpreendentemente, dormir menos de seis horas por noite não teve efeito na incidência de acidente vascular cerebral.