Um grupo de deputados protocolou pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes no início da noite desta quarta-feira (27).
Moraes é o responsável pelo inquérito aberto no Supremo para apurar a disseminação de notícias falsas. Na manhã desta quarta, uma operação da Polícia Federal autorizada por ele mirou aliados do presidente Jair Bolsonaro.
Acabamos de dar entrada no Senado no pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Autores do pedido: @Biakicis @carlosjordy e @filipebarrost Agora é preciso pressionar o Presidente do Senado @davialcolumbre pic.twitter.com/L3IVMVq8rU— Bia Kicis (@Biakicis) May 27, 2020
Os deputados Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Filipe Barros (PSL-PR), Luiz Philipe Orleans e Bragança (PSL-SP) e Cabo Junio Amaral (PSL-MG) devem prestar depoimento por ordem do ministro.
O pedido de impeachment de Moraes é assinado por 3 deputados que devem ser ouvidos: Barros, Amaral e Bia Kicis. Além deles, a peça também tem a assinatura de Carlos Jordy (PSL-RJ).
Foto: Twitter/Reprodução |
O inquérito das fake news foi instaurado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, sem que o Ministério Público tomasse iniciativa. Ele indicou Moraes como relator em vez de sortear quem ocuparia o posto.
“A instauração do inquérito foi completamente abusiva”, argumentam os deputados. Eles dizem que a investigação cria um “Estado Policial”.
Qualquer pessoa hoje está sob permanente investigação sobre qualquer fato que, segundo opinião subjetiva dos próprios ministros, ‘atingem a honorabilidade e segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares\’, diz o pedido de impeachment.
Os bolsonaristas afirmam que, “não bastassem as irregularidades já demonstradas”, a autorização da operação da Polícia Federal foi um excesso do ministro Moraes.
“É chegada a hora de impor limites, cobrar responsabilidade e exigir do ministro Alexandre de Moraes, integrante da mais alta Corte de Justiça do Brasil, que exerça suas funções com respeito à Constituição”, afirma o documento.
Para que um pedido de impeachment como esse prospere, é necessário anuência do presidente do Senado.
Davi Alcolumbre, que ocupa o posto atualmente, não deu sinais de apoiar a iniciativa.