Ministério Público acompanha o caso desde março. Imagem meramente ilustrativa. |
O Conselho Regional de Medicina em Santa Catarina proibiu temporariamente um médico que trabalhava na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, no Vale, de exercer as funções.
De acordo com o Ministerio Público, os indícios de que o médico teria abreviado a vida dos pacientes em questão foram apontados após análise de 19 prontuários, feita pelo Conselho Regional de Medicina.
O Ministério Público acompanha o caso desde março, quando recebeu uma representação encaminhada pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), onde o médico era professor do curso de medicina.
Foi instaurado inquérito civil que tramitou em sigilo e, desde então, foram ouvidas testemunhas e solicitada ao CRM a análise técnica dos prontuários.
A sindicância que deu origem a um processo ético foi concluída pelo CRM no dia 10 de agosto. No dia 13 de agosto, a 13ª Promotoria de Itajaí expediu uma recomendação à direção-geral do Hospital Marieta Konder pedindo o afastamento imediato do médico. A unidade acatou a recomendação e o profissional foi afastado e teve as atividades suspensas no local no dia 14 de agosto.
Nesta quinta-feira (27), o hospital informou que vai agir dentro da legalidade, acatando e cooperando com os órgãos competentes e de classe. \”Os fatos serão apurados conforme o sigilo dos processos determina\”.
A Univali informou que recebeu denúncias de ex-alunos do médico e residentes do curso de medicina sobre irregularidades de conduta do profissional enquanto ele atuava no Hospital Marieta Konder.
Interdição cautelar
Conforme o registro do CRM, o exercício profissional do médico recebeu uma interdição cautelar (suspensão temporária) pelo período de seis meses, contado a partir de terça-feira (25).
Por meio de nota, o conselho informou que a decisão é resultado de um processo ético profissional iniciado no dia 13 de agosto. Nesse caso, o médico fica impedido de exercer a medicina até que o processo ético-profissional seja julgado.
O CRM disse ainda que o caso segue em sigilo processual e não deu mais informações sobre outras infrações disciplinares.