Alojamento não possuia água potável nem colchões nas camas improvisadas/Reprodução |
Dezoito trabalhadores foram encontrados em situação equivalente à de escravidão na área rural de Ituporanga, no Vale do Itajaí. As vítimas são do Ceará e estavam em um barraco sujo, sem colchões nem água potável e com banheiro precário.
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Uma das vítimas disse em boletim de ocorrência que recebeu mensagem de um agenciador que precisava de mão de obra para o plantio de cebola.
Por mensagens no celular mesmo, recebeu a oferta de um salário de R$ 5 mil para cada trabalhador, além de moradia, agasalho, comida e passagens de ida e volta.
Ainda conforme o boletim de ocorrência, eles ouviam o tempo todo que se eles não trabalhassem, não poderiam voltar ao Ceará. E só ganhariam o jantar se fossem para a lavoura e pagassem pela refeição.
Resgate
As vítimas foram resgatadas depois que uma delas passou mal na quarta (29) e os colegas chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Alojamento era precário, sem água e sem o mínimo de higiene necessário/Reprodução |
O homem que passou mal estava com suspeita de Covid-19, mas passa bem e está sendo monitorado.
Para a PM, o empregador negou ter contratado essas pessoas. O caso vai ser encaminhado para a Polícia Federal, órgão responsável pela investigação de trabalho análogo à escravidão.