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Volta às aulas e despesas com UTIs são destaque na ALESC

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Retomada das aulas presenciais de forma segura depende de medidas sanitárias.

AGÊNCIA ALESC —Temas relacionados à pandemia da Covid-19, como o pagamento de serviços efetuados pelas UTIs aos hospitais e a preocupação com a volta das aulas presenciais, pautaram a sessão desta terça-feira (11).

´Luciane Carminatti compartilhou preocupação com o retorno às aulas presenciais, depois que Joinville reportou 250 crianças contaminadas pelo coronavírus na cidade

“Em Joinville tem 250 crianças com coronavírus, isso as testadas, porque aquelas que estão passando o vírus adiante é muito maior. Esses dados precisam embasar nosso debate sobre o momento mais seguro para voltar às aulas. Criança pega e transmite Covid. Em julho 2.250 crianças de até 10 anos estavam com a doença e mais de 4 mil adolescentes entre 10 a 19 anos, isso sem aulas presenciais, agora calculemos com a volta às aulas”, argumentou Carminatti.

De acordo com a deputada, o contágio entre crianças e adolescentes em Santa Catarina saltou 200% em julho em relação a junho. “O momento é de cautela”.

Já Ada de Luca, criticou decisão do governo de não mais arcar com as despesas relativas às UTIs até o repasse dos recursos devidos aos hospitais pelo governo federal.

“Não posso deixar de manifestar minha indignação, o governo pretende suspender o pagamento pelos leitos de UTI, leito de UTI é serviço de alta complexidade, não é responsabilidade dos municípios, pode ter parceria, mas até então o governo arcava com o pagamento dos leitos enquanto as verbas federais não eram recebidas. Não podemos aceitar, vamos cuidar da saúde, ajudar os municípios, primeiro a saúde dos catarinenses”, cobrou Ada.

A representante do MDB alertou o governo para as dificuldades derivadas das restrições do período eleitoral.

“A lei eleitoral prevê restrição para transferências de recursos, mas as vidas não podem esperar trâmites burocráticos, no caso dos hospitais municipais, passa o recurso para os municípios, mas no caso dos filantrópicos, esse recurso precisa ir diretamente para o hospital”, defendeu Ada.

\”Subestimaram o desastre\”


Padre Pedro Baldissera (PT) acusou as autoridades federais de subestimarem o impacto do coronavírus no Brasil.

“Na primeira morte pela Covid, em março, muito países já tinham passado pelo desafio de conter a Covid, mas mesmo assim a linha de ação foi desprezar os riscos. Menos de seis meses separam o primeiro óbito dos 100 mil óbitos, de três mi de casos identificados e de cerca de 50 mil novas infecções diárias”, descreveu Padre Pedro.

O representante de Guaraciaba deplorou o desleixo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e a opção por um remédio milagroso, a cloroquina, descartado até pelos EUA.

“O número podia sim ser minimizado, houve sim descaso, subestimaram e aí está o desastre”, afirmou ele.

Contágio entre crianças e adolescentes em Santa Catarina saltou 200% em julho em relação a junho.

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