O Ministério Público de Santa Catarina denunciou o jovem que confessou ter matado a mãe em Joinville na madrugada do dia 2 de janeiro por feminicídio, na manhã desta terça-feira (12/1).
Segundo a denúncia, Leonardo Schmitz Tasca, de 20 anos, que foi preso em flagrante, teria matado a mãe, Albertina Schmitz Tasca de 61 anos, por motivo fútil e sem dar chances de defesa à vítima, que teria sido pega de surpresa, pelas costas, e asfixiada com um golpe de ”mata-leão”.
Ainda segundo as investigações, após o homicídio, o jovem teria furtado dois televisores da vítima e os vendido a desconhecidos, na rua.
Conforme o delegado responsável pela investigação, Roberto Patella Junior, durante depoimento o jovem disse que cometeu o crime por desavenças com a mãe e se mostrou frustrado por ter sido preso.
O suspeito manteve uma rotina normalmente após o assassinato e ainda recebeu amigos em casa para beber, enquanto o corpo de Albertina estava escondido no banheiro.
”Pelo próprio enredo da história, é possível ver que ele praticou aquele crime e não fazia diferença alguma da mãe dele estar morta e ele ter sido o autor do fato” – conta o delegado.
Na última quinta-feira, dia 7 de janeiro, a prisão em flagrante do jovem foi convertida, pela Justiça, em prisão preventiva.
Na denúncia apresentada à Vara do Tribunal do Júri hoje, o Promotor de Justiça Ricardo Paladino, argumenta que o crime foi motivado por um simples desentendimento familiar ”decorrente do inconformismo da ofendida com constante desregramento social e familiar” do denunciado, o que já havia sido presenciado em diversas ocasiões por outros familiares.
Além de reforçar que a vítima era uma mulher e o homicídio foi decorrente de violência doméstica e familiar, já que a vítima era mãe do denunciado, o que caracteriza o crime de feminicídio, o promotor ainda sustenta que ela não teve chances de se defender, não só por ter sido surpreendida, mas devido à diferença física e de idade com o agressor, pois a mãe tinha 61 anos e ele tem 20 anos de idade.
Dessa forma, segundo a denúncia, o jovem deve ser levado a Júri e ser processado e julgado por feminicídio decorrente de violência doméstica e familiar, com agravante de a vítima ser uma pessoa com mais de 60 anos, por motivo fútil, com uso de asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. Leonardo segue detido no Presídio Regional de Joinville.