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Confira as reações mais comuns da CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer

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Efeitos colaterais são resultado da resposta do seu sistema imunitário à vacina.

Três vacinas já estão sendo aplicadas no Brasil contra a covid-19. São elas: Coronavac (do Instituto Butantan), AstraZeneca (Fiocruz) e a da Pfizer (BioNTech). O país deve receber ainda as primeiras doses da vacina da Janssen.

Reações adversas são comuns em qualquer tipo de vacina e não tem sido diferente no imunizante contra o novo coronavírus. Especialistas destacam que, apesar de serem desagradáveis os sintomas, os benefícios da vacina são superiores ao mal-estar momentâneo que o imunizante pode causar. Esses efeitos colaterais são resultado da resposta do seu sistema imunitário à vacina.

Veja a seguir as principais reações adversas de cada vacina.

AstraZeneca

A vacina usa uma tecnologia conhecida como vetor viral não replicante. Por isso, utiliza um “vírus vivo”, como um adenovírus (que causa o resfriado comum), que não tem capacidade de se replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde.

Pessoas que tomaram a dose do imunizante AstraZeneca relatam dores no corpo, mal estar e febre. A bula do medicamento traz que as reações podem ir de sensibilidade, dor, sensação de calor, vermelhidão, coceira, inchaço ou hematomas no local da aplicação, sensação de indisposição de forma geral, sensação de cansaço, calafrio ou sensação febril, dor de cabeça, enjoos, dor nas articulações ou dor muscular, febre acima de 38 °C, dor de garganta, coriza e tosse.

Os sintomas, que já estavam previstos nos testes clínicos, costumam começar algumas horas depois da aplicação da dose e podem durar até 48 horas.

Em comunicado do dia 7 de abril, a Anvisa admitiu a possibilidade de coágulos sanguíneos associados à trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas) que poderiam estar ligados à vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz. Mas lembrou que “as ocorrências são extremamente raras”. 

Inicialmente, a AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram dois resultados distintos de eficácia desta vacina —62% quando aplicada em duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa. A eficácia média, segundo os cientistas responsáveis, é de 70%.

CoronaVac

A vacina é feita com o vírus inativado: ele é cultivado e multiplicado numa cultura de células e depois inativado por meio de calor ou produto químico. Ou seja, o corpo que recebe a vacina com o vírus —já inativado— começa a gerar os anticorpos necessários no combate da doença.

Com menos relatos de reações adversas, a bula da Coronavac prevê que pode ocorrer dor de cabeça, cansaço, dor no local da aplicação, enjoo, diarreia, dor muscular, dor ao engolir, calafrios, perda de apetite, tosse, dor nas articulações, coceira, coriza e congestão nasal, vermelhidão, inchaço e coceira no local da aplicação.

A eficácia geral da CoronaVac é 50,38%, ou seja, os vacinados têm 50,38% menos risco de adoecer. Dados iniciais mostravam que, caso a pessoa seja infectada por covid-19, a vacina oferece 100% de eficácia para não adoecer gravemente e 78% para prevenir casos leves.

Pfizer

A vacina utiliza a tecnologia chamada de mRNA ou RNA-mensageiro, diferente da CoronaVac ou da AstraZenca/Oxford, que utilizam o cultivo do vírus em laboratório. Os imunizantes são criados a partir da replicação de sequências de RNA por meio de engenharia genética.

O RNA mensageiro mimetiza a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que o auxilia a invadir as células humanas.

No caso da vacina da Pfizer, que ainda tem aplicado poucas doses no Brasil, segundo a bula, é possível ter dor e inchaço no local de injeção, cansaço, dor de cabeça, diarreia, dor muscular, dor nas articulações, calafrios, febre, vermelhidão no local de injeção, náusea e vômito.

Inicialmente, a farmacêutica Pfizer anunciou que sua vacina contra a covid-19, elaborada em parceria com a empresa alemã BioNTech, é segura e tem 95% de eficácia. Essa é a conclusão final da terceira fase de testes.

Janssen

A vacina produzida pela companhia Johnson & Johnson, diferente das outras, precisa apenas de uma dose única. A tecnologia é baseada em vetores de adenovírus, semelhante à utilizada na vacina de Oxford/AstraZeneca. Após a aplicação, o corpo precisa de cerca de 15 dias para produzir uma resposta imune adequada.

Em janeiro deste ano, a farmacêutica anunciou eficácia global da vacina de 66%. Em março, a Janssen informou que o imunizante contra covid-19 tem 87% de eficácia contra formas graves da variante brasileira.

De acordo com CDC (Centros de Controle de Doenças) americano, os principais efeitos colaterais após a aplicação da vacina surgem em até dois dias e podem incluir cansaço, dor de cabeça, dores musculares, calafrios, febre e náusea. O braço que recebeu a aplicação da vacina também pode apresentar dor e vermelhidão, mas todas essas reações são consideradas normais. O risco de coágulos existe, mas é extremamente raro.

Quando procurar um médico

A orientação do Ministério da Saúde, é de que um médico deve ser consultado se a sensação se prolongar por mais de quatro dias, for muito intensa e de difícil controle ou se a pessoa vacinada apresentar dor abdominal persistente, inchaço nos membros inferiores e manchas vermelhas na pele longe do local de aplicação.