A Fapesc – Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina – publicou edital para o Prêmio de Valorização da Biodiversidade de Santa Catarina. As inscrições estão abertas até 21 de junho. Podem participar estudantes de pós-graduação, professores, pesquisadores e jornalistas.
A ideia é incentivar pesquisas e produção de conhecimento sobre espécies do ecossistema catarinense, assim como apoiar a divulgação desses estudos, dando mais visibilidade aos resultados.
Pesquisadores, professores, estudantes de pós-graduação e jornalistas podem se inscrever em uma das três categorias. Na Roberto Miguel Klein serão destacados os trabalhos que envolvem a ecologia e a biodiversidade de plantas nativas do Estado.
Já na categoria Raulino Reitz, serão aceitas publicações que tratam da recuperação e da conservação das matas ciliares e atreladas a recursos hídricos. Por fim, pode se inscrever em Burle Marx quem tiver material específico de publicações científicas e jornalísticas relacionadas à biodiversidade urbana e paisagismo ecológico.
Serão nove premiados, que receberão R$ 15 mil cada, mais medalhas e passagens para o Rio de Janeiro para visitar o sítio Roberto Burle Marx e o Jardim Botânico.
Proteção da biodiversidade
O Estado de Santa Catarina está inserido Mata Atlântica, que é responsável por uma parcela significativa da diversidade ecológica do Brasil. Esse bioma está presente em 17 estados. Mas, por estar em uma faixa litorânea, em que vivem mais de 80% da população brasileira, é também o mais devastado.
Restam hoje apenas 12,4% da cobertura original da Mata Atlântica. Seria preciso ao menos 30% para garantir a conservação, segundo artigo publicado na revista Science.
Segundo a coordenadora de projetos na Fapesc e responsável pelo Prêmio de Valorização da Biodiversidade, Márcia Patrícia Hoeltgebaum, das 46 mil espécies de plantas registradas no país, mais de 20 mil foram identificadas na Mata Atlântica. E mais: metade delas são de ocorrência exclusivas desse tipo de bioma.
“Santa Catarina detém cerca de 28% da cobertura florestal remanescente. Então, ações de conservação devem ser priorizadas no Estado”, defende Márcia, que também é bióloga e pesquisadora.
>>> Acesse o edital completo do prêmio.
Foco na divulgação dos resultados
Um dos diferenciais do Prêmio de Valorização da Biodiversidade é aliar o trabalho científico com a divulgação dos resultados na imprensa.
“O jornalismo tem fundamental importância na conexão do ecossistema de ciência, tecnologia e inovação com a sociedade. É pelo trabalho dos jornalistas que muitos projetos e pesquisas que estão em desenvolvimento chegam até as pessoas e se tornam conhecidos”, explica a assessora de imprensa da Fapesc, Francieli Regina de Oliveira.
Para participar, os jornalistas precisam ter elaborado uma matéria relacionada à biodiversidade de Santa Catarina. As inscrições para o edital 19/2021 podem ser feitas diretamente na plataforma da Fapesc. Para mais informações, acesse www.fapesc.sc.gov.br.