O Boletim Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (27), mostra que a taxa de mortalidade diminuiu 0,3% em relação à semana anterior. No entanto, houve um aumento da taxa de incidência de casos de Covid-19 em 2,9%.
Os números de casos (média de 46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em patamar muito elevado.
Além disso, a taxa de positividade dos testes permanece alta, o que mostra a intensa circulação do vírus. O aumento recente do número de casos pode resultar em diversos quadros graves da doença, com o aumento da demanda por cuidados intensivos e a possibilidade maior de óbitos.
De acordo com o Boletim, a redução do impacto da pandemia de modo mais duradouro somente será alcançada com a intensificação da campanha de vacinação, a adequação das práticas de vigilância em saúde, o reforço da atenção primária à saúde, além do amplo emprego de medidas de proteção individual, como as máscaras e o distanciamento social.
A vacinação continua em ritmo mais lento do que desejável, com pouca alteração na tabela de distribuição de doses em relação ao Boletim anterior.
Ainda assim, conforme já indicado, é inegável que a melhoria do quadro pandêmico no país é uma consequência direta do aumento no número de imunizados.
A proteção oferecida por uma única dose, no caso dos imunizantes de duas aplicações, é bem reduzida em relação ao esquema vacinal completo. Para garantir máxima proteção é fundamental tomar as duas doses, com exceção do
imunizante da Janssen, de dose única.
Os não vacinados (40,4% da população) encontram-se ainda vulneráveis e com risco alto de infecção e de desenvolver a doença em formas graves, o que pode demandar atendimento hospitalar e resultar em óbitos.
A circulação de novas variantes do vírus tem aumentado as infecções, mas não necessariamente o número de casos graves,
devido à proteção já adquirida por grupos populacionais mais vulneráveis vacinados, como os idosos e portadores de doenças crônicas.
A variante Delta, mais transmissível, expõe a população à possibilidade de grande elevação de casos, sendo sempre importante destacar que as vacinas disponíveis apresentam limites em relação ao bloqueio da transmissão do vírus, que continua circulando com intensidade.
As vacinas são especialmente efetivas na prevenção de casos graves. Em diferentes países, o adoecimento por Covid-19 tem ocorrido mais frequentemente entre pessoas não vacinadas, mas é também expressiva a proporção de casos em
pessoas que receberam o esquema vacinal completo, em geral, com formas mais leves.
No mais, não podemos descartar a hipótese de surgimento de uma nova variante que desafie o conhecimento até
então construído, com potencial de escape às vacinas disponíveis.
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