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Durante júri, promotor diz que “está cagando” se o advogado se ofendeu, no PR

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A OAB-PR considerou o comportamento do representante do Ministério Público “um desprezo à atividade da advocacia”.

Um promotor do Ministério Público do Paraná (MP-PR) disse que estava “cagando” se o advogado de defesa estava ofendido com o que ele tinha dito durante a sustentação oral da acusação no Tribunal do Júri de Curitiba. 

O caso aconteceu na última terça-feira (19), durante um julgamento em que um acusado de homicídio foi absolvido pelos jurados.

A discussão aconteceu após o promotor de Justiça João Milton Salles mencionar que uma tese da defesa “não satisfez” e o advogado Luis Gustavo Janiszewski dizer que estava se sentindo ofendido com a manifestação.

“Doutor, eu estou cagando se o senhor está se ofendendo”, disse o promotor.

Na sequência, após o advogado reclamar do palavreado do membro do Ministério Público, Salles justificou que este era o vocabulário dele.

“Garantir os direitos individuais e disponíveis da sociedade. É com esse valor que eu vou para as casas todos os dias. Inclusive o direito de réu. Então se eu falo um palavrão, uma gíria, é a mesma roupa que eu uso aqui, tirando essa beca, é a que eu uso na rua”, disse.

O Ministério Público do Paraná informou que a Corregedoria-Geral do órgão instaurou uma sindicância para apurar os fatos.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) afirmou que considera o comportamento do representante do Ministério Público “um desprezo à atividade da advocacia”.

Associação Nacional das Advogadas e Advogados do Júri também repudiou a fala.