O Diário Oficial da União (DOU) publicou na segunda-feira (4) o registro de um novo teste para a detecção da covid-19 100% brasileiro.
Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o teste recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O kit utiliza como base o método conhecido como Elisa – sigla, em inglês, para ensaio de imunoabsorção enzimática –, que se destaca por ser mais sensível do que os exames rápidos, o que evita falsos negativos.
“Nossa proposta é de um sistema de diagnóstico que detecta a presença de uma classe específica de anticorpos, que são os mais duradouros em resposta a qualquer infecção, qualquer corpo estranho que entre no organismo, os anticorpos do tipo IgG”, explica Flávio Fonseca, professor do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e pesquisador do CT Vacinas.
“Como o mundo inteiro demanda insumos para combate à covid-19, os processos de importação podem durar meses. Portanto, a produção de testes em massa no Brasil é estratégica para que sejamos independentes nesse aspecto”, destaca o pesquisador.
O novo teste é rápido e de baixo custo porque consegue detectar as variantes do novo coronavírus mais presentes no Brasil e no mundo: as brasileiras (P1, mais conhecida como a variante de Manaus, e P2), a B.1.1.7 (inglesa) e a B.1.351 (africana).