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Mulher encontra corpo de bebê ao descongelar geladeira em Belo Horizonte

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O corpo da bebê está no Instituto Médico Legal (IML) e uma mulher foi presa.

Um bebê, de idade ainda não identificada, foi encontrado morto na noite de terça-feira (30) envolto em uma sacola dentro de uma geladeira na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. 

Susy Costa, de 56 anos, confirmou à polícia que a suposta mãe do bebê a entregou um embrulho, em um saco preto, afirmando que era um pedaço de carne, e pediu para que ela guardasse em sua geladeira.

Depois de um ano, a dona da casa precisou fazer uma limpeza na geladeira e desligou o eletrodoméstico para que o gelo fosse descongelado. Ao abrir uma sacola de supermercado que estava no fundo do congelador, a dona de casa percebeu que havia um pé humano dentro do saco.

Susy acionou os militares, que foram até o local e confirmaram que o corpo era de um bebê, do sexo feminino. Peritos da Civil também foram acionados.

A faxineira Simonia Salgueiro, irmã da dona de casa, contou que Susy conheceu a suposta mãe do bebê, uma jovem identificada apenas como Grazi, por indicação de terceiros. 

Elas se viam vez ou outra, e no último encontro a mulher deixou o embrulho com ela, para ser colocado na geladeira.

“Ela falou ‘guarda essa carne pra mim, que eu vou dar para uma pessoa’. Minha irmã disse que guardaria e depois disso ela sumiu de lá [do bairro]. Elas só mantinham contato por WhatsApp. Minha irmã falava que ia jogar a carne fora e ela não deixava, falava que iria buscar”, conta.

Decidiu esconder a gravidez

As primeiras informações da PM apontam que a dona de casa era conhecida de Grazi, que frequentava a mesma igreja que ela. A jovem estava grávida do namorado e decidiu esconder a gravidez, usando uma cinta.

Após o nascimento, ela enrolou a criança com a cinta em uma sacola de supermercado e em um saco preto. Em seguida, ela pediu que Susy guardasse o embrulho na geladeira e avisou que se tratava de um pedaço de carne.

SUSPEITA FOI PRESA

Em nota, a Polícia Civil afirmou que, após a perícia criminal comparecer ao endereço, o corpo foi imediatamente removido ao Instituto Médico Legal em Belo Horizonte, onde está sendo submetido a exames.

“Agora precisamos responder a umas questões. Por exemplo: foi um aborto natural [ou] não foi um aborto natural, [se] houve o parto e depois o corpo foi guardado. Algumas questões que ainda são cruciais para a investigação e precisam ser esclarecidas. Certo é que já estamos diante de um crime, esse crime está claro, é o crime de ocultação de cadáver, previsto no artigo 211 do Código Penal Brasileiro, cuja pena é de um a três anos de reclusão”, informou o Delegado Rômulo Dias, em entrevista.

Uma mulher de 29 anos, suspeita de ter abandonado um bebê há um ano, foi presa em flagrante na tarde de hoje (1º). A Polícia Militar não deu mais detalhes sobre essa prisão.

“Somente após exame será definido se foi infanticídio, homicídio ou aborto, mas o que se tem certeza é a ocultação de cadáver e com isso, permite-se autuação de flagrante delito mesmo transcorrido um tempo após infração penal. Essa autuação acontece a partir da descoberta do cadáver. Assim sendo, esta mulher encontra-se em situação de flagrante delito, ela será autuada”, contou a delegada Letícia Gamboge, chefe do (DHPP).

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