Morre o cantor e compositor da música Julieta-ta, Roy Caetano
Morreu neste sábado (22), o cantor e compositor Roedil Caetano, mais conhecido por Roy Caetano, aos 68 anos. A informação foi dada pela família, que reside em Curitiba (PR). Roy sofreu um infarto fulminante por volta das 16h, na Pousada São Caetano, da qual era proprietário, em Arraial D’ajuda, na Bahia.
Considerado um dos melhores intérpretes de Roberto Carlos, em mais de 40 anos de carreira e 13 álbuns, o artista foi premiado no premiado no Brasil, Europa e EUA.
Seu primeiro, disco em Vinil, na Chantecler Continental, 1981, em poucos meses tornou-se um sucesso nacional, apresentando-se nas melhores emissoras de radio e de televisão. Em 1985 lançou um hit que virou a cabeça da imprensa (que a taxou de escandalosa) com a música “Julieta-ta”, de autoria dele e de F.C.Santos.
A música foi uma explosão e caiu no gosto popular, sendo uma das mais tocadas no Brasil e teve de 250 mil compactos vendidos, um sucesso para a época.
Cantor romântico da década de 70, Roy Caetano nasceu em Santos mas ainda criança, foi morar em Curitiba (PR), que adotou como se fosse sua cidade natal. Lá começou a se apresentar em vários programas locais, adquirindo experiência em estúdio e palco até gravar seu primeiro disco.
Em uma entrevista, em 2019, para o jornalista Carlos Alberto Alves, Roy contou que era de família humilde.
“Meu pai Alfaiate (dos melhores), mas batalhou muito para estudar os meus irmãos (somos quatro), e eu sou o único que não estudou. Cantei em Bandas na época da Jovem Guarda. Era difícil gravar um LP ou Compactos, ou seja, uma batalha grande. Em 1981 consegui, depois de dois anos, tropeçar com o Diretor Artístico Moacyr Machado (que Gal Costa, José Augusto, Fernando Mendes, e muitas estrelas do disco)”.
“Ele era diretor da Chantecler, ouviu uma fita minha e me contratou imediatamente, fazendo o meu primeiro disco. Um compacto duplo que virou um grande sucesso. Menina Triste, de Marcos Roberto. Vendeu mais de 80 mil discos e, logo em seguida, lancei no mesmo ano (81) o meu primeiro LP: Só Alegria… Chacrinha, Bolinha, Raul Gil, etc. Aí entrei de cabeça”, contou ele.
Roy Caetano destacava-se pela faceta também de ator quando interpretava O Palhaço, com a música “Sonhos de um Palhaço”, e o eterno Charles Chaplin com “Luzes da Ribalta”, clássicos que gravou e eterniza na sua interpretação única.
Dezenas de amigos lamentaram sua morte nas redes sociais:
“Uma bela voz que se cala no Arraial da Ajuda, longe da família, dos muitos amigos que fez ao longo de sua artística vida de shows vestido de palhaço, transformando-se, em pleno palco à vista da plateia, no cantor romântico, encantando a todos.Hoje o mundo da música fica em silêncio para escutar mais uma voz no coral do Céu dos Artistas!Que a Luz de Deus te ilumine como te iluminaram os holofotes dos palcos da vida!”
Roberto Garret