Os cadastros feitos pela Polícia Científica do Paraná na Rede Nacional de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) contribuíram em 114 investigações em 2021.
O número supera o acumulado de seis anos – de novembro de 2014, quando foram iniciados os relatórios do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre a rede.
O Paraná é destaque, pois pelo terceiro ano consecutivo vem inserindo mais de mil perfis genéticos na Rede ao longo de 12 meses, dados que são compartilhados com os 22 laboratórios forenses vinculados à RIBPG.
Com este desempenho, o Estado passa a se posicionar como o terceiro do País que mais contribuiu com as investigações, ficando atrás somente de São Paulo (1.429) e Goiás (340).
CRIMES SEXUAIS
A perita da Polícia Científica do Paraná, Luciellen d’Avila Giacomel Kobachuk, também destaca que uma das ferramentas que ajudaram no crescimento das investigações auxiliadas pelo banco no último ano foi o projeto Backlog de Vestígios de Crimes Sexuais.
“Na época, Backlog visou o processamento do passivo de mais de 150 mil amostras biológicas de crimes sexuais que aguardavam análise nas perícias do país, e o Paraná se comprometeu com o processamento de 2 mil vestígios”, explica.
A finalidade do projeto é que os estados ofereçam uma proposta de quantos vestígios de violência sexual podem processar e analisar no período de um ano e, em contrapartida, o governo federal disponibiliza capacitação, equipamentos e insumos.
Para o delegado-geral adjunto, Riad Braga Farhat, o banco de perfis genéticos é essencial. “As policias Civil e Científica em todo o Brasil têm investido em softwares e tecnologias para recolhimento de material genético nos locais de crime. São provas importantíssimas e este procedimento é o futuro das investigações”, afirma.
“Estes confrontos genéticos se revelam provas incontestáveis, o que para nós é fundamental em um inquérito”, completa.
Segundo informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o cadastramento é fundamental para que os vestígios sejam identificados e a Rede possa auxiliar na elucidação de crimes, verificação de reincidências, diminuição do sentimento de impunidade e, ainda, evitar condenações equivocadas.
Por isso, os bancos de dados de perfis genéticos têm caráter sigiloso, com o acesso restrito e controlado.




















