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Mãe confessa ter matado filha de 11 anos com socos e chutes em SC

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Mãe teria matado a filha como forma de represália, por ela ter se tornado “sexualmente ativa”.

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A mãe da menina de 11 anos encontrada morta em Timbó, no Vale do Itajaí, confessou à Polícia Civil ter matado a filha com socos e chutes. A mulher e o padrasto da criança foram presos preventivamente, segundo nota divulgada pela corporação na manhã deste sábado (16).

Luna Nathielli Bonett Gonçalves foi encontrada morta, com sinais de violência na madrugada da última quarta-feira (14). Na ocasião, a Polícia Civil informou que encaminhou a mãe e o padrasto da vítima para a delegacia de Indaial, na mesma região. Ele foram liberados após prestarem depoimentos.

No relatório da ocorrência, a PM informou que padrasto da vítima tem 41 anos e teria negado o crime aos policiais militares.

De acordo com a delegacia, a mulher confessou, no segundo depoimento prestado à polícia, que matou Luna como forma de represália, já que não aceitava que a filha havia se tornado “sexualmente ativa”. O padrasto ficou em silêncio durante o depoimento.

Eles foram chamados a depor novamente após laudos médicos e técnicos apresentarem contradições entre a versão apresentada por eles e o tipo de ferimentos encontrados no corpo da criança. A menina apresentava diversas lesões pelo corpo, segundo laudo da necropsia.

Contradições

Inicialmente, o casal apresentou a versão de que a menina caiu de uma escada após tentar resgatar um gato. De acordo com os suspeitos, a menina estava consciente e seguiu realizando as atividades normalmente, até a hora de dormir. A dupla afirmou, no entanto, que, à meia-noite, ela começou a passar mal e chamaram os bombeiros.

Os bombeiros foram até a casa e encontraram a criança sem sinais vitais. Mesmo assim, ela foi encaminhada para o Hospital OASE, que também fica em Timbó. A médica de plantão verificou que além das lesões, a menina tinha um sangramento em suas roupas íntimas.

“Ambos foram esclarecidos das contradições entre a versão apresentada e as provas reunidas”, informou a Polícia Civil, em nota.

Conforme a Polícia Civil, o laudo da necropsia apontou que os ferimentos no corpo da criança eram incompatíveis com uma queda de escada. Ela tinha diversas lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino e uma laceração na vagina. O rosto da menina também tinha ferimentos.

A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, sofá, em uma toalha, fronha e em uma calça masculina. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.