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Assassinos do radialista Paulo Ferreira são presos pela Polícia Civil

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Dois jovens foram presos, suspeitos de participação direta no crime. Um terceiro estava com o celular da vítima, e será investigado.

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Na tarde desta quarta-feira (03) Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal de Canoinhas, realizou a prisão dos autores responsáveis pela morte do jornalista Paulo Ricardo Ferreira, ocorrido no dia 24 de julho, por volta das 4h20 da madrugada, no Parque de Exposições Ouro Verde.

A ação foi coordenada pelo Delegado de Polícia Civil Darci Nadal Junior, em operação conjunta com a Agência de Inteligência do 3º Batalhão da Polícia Militar de Canoinhas.

Foram presos Fabrício dos Santos, de 20 anos, João Vitor Souza de 21, e T.T.S de 32 anos. Os dois primeiros por terem executado o crime e o terceiro por estar de posse do aparelho celular da vítima. As prisões aconteceram no bairro Piedade. Veja foto dos suspeitos abaixo.

A investigação apontou que os dois suspeitos procuravam, no centro da cidade, uma vítima para cometer um roubo. A Polícia Civil não divulgou mais detalhes sobre as circunstâncias do crime.

INVESTIGAÇÕES

De acordo com Nadal, a equipe da Divisão de Investigação Criminal de Canoinhas esteve no local do crime desde os primeiros momentos da descoberta da prática criminosa, sendo o último órgão da segurança pública a deixar o local.

“As investigações criminais de elevada complexidade são solucionadas a partir de detalhes quase imperceptíveis para pessoas que não tenham intimidade com o procedimento de investigação”, afirmou Nadal.

Ainda de acordo com o Delegado, a complexidade da investigação esteve diretamente ligada a todas as circunstâncias relacionadas a morte de Paulo Ricardo Ferreira, como por exemplo, o local onde estava quando encontrou a dupla criminosa, o horário da prática do delito, o local onde foi praticado o crime — local afastado e isolado das áreas urbanas, inclusive sem sinal de aparelhos telefônicos — bem como a ausência de preservação do local do crime.

Quando a Polícia Civil, a Polícia Científica e a Polícia Militar chegaram no Parque de Exposições, o local do crime não estava preservado.

“Até mesmo a câmera fotográfica, encontrada ao lado do corpo, que poderia conter impressões digitais dos autores ou amostras para comparação genética, já havia sido manuseada – inviabilizando assim a coleta de qualquer elemento informativo a partir de exames nesse objeto”, disse em nota a Polícia Civil.

Contudo, após metodologia de investigação policial, foi possível determinar precisamente os locais que Paulo Ricardo frequentou e, ainda os trajetos utilizados por ele para deslocamento pela área urbana do município naquela madrugada.

“Assim determinou-se o momento exato em que o radialista Paulinho Ferreira, ainda na região central da cidade, encontrou os dois criminosos que posteriormente embarcaram em seu veículo sentido ao Parque de Exposições”, explicou o delegado, porém não deu detalhes de como isso aconteceu.

Por meio da análise de câmeras de vídeo monitoramento e de técnicas de engenharia social, os suspeitos foram precisamente identificados e qualificados, razão pela qual inicialmente representou-se ao Poder Judiciário pela expedição de mandados de busca e apreensão.

A motivação do crime é eminentemente patrimonial. Do ponto de vista investigativo não há qualquer dúvida de que a dupla criminosa estava perambulando pelas ruas da região central com a finalidade de encontrar uma vítima para o cometimento de crimes patrimoniais”, informou o delegado Darci Nadal Junior.

Desta forma, devido a inexistência de qualquer indício, descarta-se a participação de autores intelectuais ou a motivação política para a prática o ato criminoso.

“Destaque-se que a análise de imagens de videomonitoramento, ao contrário do que fora afirmado nos últimos dias por alguns comunicadores amadores, não é tarefa simples, sendo necessário primeiramente determinar a localização geográfica da vítima para em seguida verificar a existência e a localização de eventuais equipamentos de captação de imagens”.

Posteriormente requisitar os arquivos, fazer o download das imagens, determinar o horário do crime e, por derradeiro, realizar efetivamente a análise de imagens. Ainda, a análise de imagens exige que conjuntamente utilize-se diversas técnicas de investigação.

Utilizando-se técnicas de investigação por meios cibernéticos, a Polícia Civil localizou o telefone subtraído de Paulo Ricardo na noite do crime. O aparelho estava na residência de um terceiro indivíduo.

Assim na segunda-feira (01) representou-se pela decretação da prisão temporária dos suspeitos, pela prática do crime de Latrocínio (roubo seguido de morte), cuja pena varia 20 a 30 anos de prisão.

Ao longo da investigação, realizou-se o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária.

Nos próximos dias, a investigação será finalizada, formalizada e o inquérito policial será encaminhado para a análise do Ministério Público e do Poder Judiciário.

*Com informações da Polícia Civil de Canoinhas