O carpinteiro e agricultor Dorli Roque, morador de Sombrio, no Sul catarinense, resolver pegar de volta uma casa que havia reformado e vendido a um casal da cidade, após esperar quase um ano para receber o resto do combinado pelo serviço. O trabalho do profissional consiste em reformar casas de madeira e revendê-las.
Ele contou que, quando os clientes contrataram os serviços dele, pagaram R$ 9 mil dos R$ 15 mil combinados pela residência. O restante do valor deveria ser quitado em 60 dias, mas ele conta que, quase um ano depois, isso não aconteceu.
Dorli então colocou a residência inteira em uma carreta e levou embora. “Eu peguei o transporte, a gente estava em quatro pessoas pra levantar a casa e colocar em cima do caminhão”, detalhou o carpinteiro, que afirma que a residência não tinha móveis.
O casal de proprietários se separou e bloqueou Dorli nas redes sociais. De acordo com a Polícia Civil, o caso foi enquadrado como desacordo comercial. “Era uma casa de madeira, que dá para tirar tranquilamente do local”, comentou o delegado Luís Otávio Pohlmann.
Previsto no Código Penal, o delito consiste em “fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima”.
Após levar a casa, o homem disse que recebeu mensagem de um dos proprietários, que foi até o terreno e o encontrou vazio. Ele registrou um BO, conforme a Polícia Civil.
A polícia encontrou a casa e orientou os envolvidos a entrarem em um acordo e, se necessário, levar o caso à esfera judicial.
Para Dorli, a solução é simples:
— Até que não pague, a casa é minha. Se eles me pagarem o restante, eles levam a casa. Caso contrário eu vou reformar e devolver o que eu peguei pra eles. Porque eu sou uma pessoa muito honesta — fala.



