O governo de Santa Catarina divulgou nesta sexta-feira (12) o plano de contingência para prevenção de novos casos de varíola dos macacos no Estado.
Entre as respostas à doença, estão detecção mais rápida de infectados e maior destinação de recursos para o combate ao vírus. São 22 casos confirmados e 146 em investigação do Estado.
A DIVE/SC também emitiu um alerta às Unidades de Saúde que prestam atendimento às Infecções Sexualmente Transmissíveis quando a vigilância e detecção de casos suspeitos da varíola. Os casos recentemente detectados apresentaram predomínio de lesões na área genital.
O Monkeypox pode se espalhar para qualquer pessoa por meio de contato próximo pessoal, muitas vezes pele a pele, incluindo sexo oral, anal e vaginal ou tocar os genitais ou o ânus de uma pessoa infectada pelo Monkeypox; abraçar, massagear, beijar ou conversar próximo da pessoa infectada; tocar tecidos e objetos durante o sexo que foram usados por uma pessoa infectada, como
roupas de cama, toalhas e brinquedos sexuais.
CASOS EM SANTA CATARINA
Entre os casos confirmados, apenas um se trata de uma paciente mulher. A faixa etária num geral é de homens entre 25 a 50 anos. Segundo a Secretaria de estado da Saúde, foram 40 casos descartados e 146 ainda estão em investigação.
Dos 22 confirmados, quatro casos precisaram ser hospitalizados, enquanto os demais manteram o isolamento domiciliar até o fim dos sintomas. Conforme a pasta, nenhuma morte foi registrada até o momento.
Em Santa Catarina, a SES já reconheceu a transmissão comunitária, que é quando não é mais possível identificar a origem da infecção.
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, o plano pretende organizar as estruturas estaduais para o combate à doença e também oferecer condições para identificação precoce da varíola. O objetivo é evitar o alastramento nos públicos mais vulneráveis, que são crianças, gestantes e imunocomprometidos.
CASOS NOS BRASIL
Com 2.584 casos confirmados, o Brasil deverá ser capaz de diagnosticar a varíola dos macacos em todos os laboratórios centrais de saúde pública (Lacens) do país até o final de agosto, informou hoje (12), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Queiroga falou sobre a letalidade e a taxa de infecção da varíola dos macacos no Brasil, que em âmbito internacional causou cinco mortes em países considerados não endêmicos, segundo dados da OMS.
“Vale lembrar que a letalidade dessa doença [varíola dos macacos] é baixa, ou seja, a maioria dos casos é simples, de tal sorte que não é algo que se assemelhe à covid-19, apesar de ser uma emergência de saúde pública global reconhecida pela OMS”, informou o ministro.
O ministro da Saúde lembrou que a grande maioria de casos de varíola dos macacos acomete homens que fazem sexo com outros homens, e que o principal vetor de transmissão é o contato direto pele a pele ou pelas mucosas. “Isso é uma observação epidemiológica. Não tem cunho de estigmatizar cidadãos. Qualquer um pode adquirir”, complementou.
O ministro, que é médico, também afirmou que o tratamento da doença até o momento se dá pelo tratamento dos sintomas, enquanto medicamentos antivirais específicos contra a doença ainda estão sendo estudados.