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Em acordo com o Ministério Público, Beto Passos deixa a prisão

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Após quase seis meses recolhido no presídio em Joinville, ex-prefeito de Canoinhas teve a prisão revogada.

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Pouco mais de um mês após assumir a defesa de Beto Passos, os irmãos Paulo e Luis Alfredo Glinski, da Glinski Advogados Associados, de Canoinhas conseguiram um acordo entre o réu e o Ministério Público (MPSC), através de colaboração premiada.

O acordo foi homologado na última quarta-feira (21), pelo juiz da Vara Criminal de Canoinhas, Eduardo Veiga Vidal e resultou na revogação da prisão preventiva de Passos, que deixou o presídio na noite de ontem (26), após quase seis meses recolhido. O destino do ex-prefeito, contudo, é uma incógnita, não se sabe se ele realmente voltou para Canoinhas.

A saída do sistema prisional, porém, não significa a retirada das acusações que pesam sobre ele, mas sim que aguardará o julgamento em liberdade, se seguir todas as determinações que foram homologadas no acordo.

Os termos da Colaboração Premiada estão em segredo de justiça, desta forma, no momento não é possível saber o que ou quem ele delatou, quais foram as condições para obter a liberdade e de que modo ele será beneficiado após o final do processo (julgamento).

Adelmo Alberti, que também teve a prisão revogada após acordo com o MPSC, com a condição de uso de tornozeleira eletrônica, entre outros, garantiu a redução de pena em 12 anos, em vários processos que apuram atos de corrupção aos quais é acusado. Alberti segue recolhido em sua residência. Segundo moradores de Bela Vista do Toldo, ele não foi visto desde que deixou a prisão.

Gilberto dos Passos, que de acordo com a denúncia recebida pelo MPSC, é acusado de crimes como corrupção, fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, afirma ser inocente e que jamais cometeu qualquer dos delitos narrados. A defesa de Renato Pike segue no aguardo de manifestação do Ministério Público Federal, sobre novo pedido de liminar em habeas corpus.

A operação Et Pater Filium já está em sua 8ª fase e não será surpresa se a próxima for desencadeada em breve, a depender do que foi relatado por Passos, em sua colaboração. Documentos da fase anterior apontam autoridades (estaduais e/ou federais) supostamente envolvidas no esquema criminoso. Os nomes porém, estão ocultos com tarja preta, sendo tão sigilosos que nem os advogados de defesa dos acusados tiveram acesso.

A 8ª fase da operação foi deflagrada no dia 8 de agosto, quando o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deu cumprimento a cinco mandados de prisão preventiva em Canoinhas e Bela Vista do Toldo.

Em Canoinhas, foram retirados veículos da revenda de Renato Pike. Caminhões que pertenciam supostamente a Beto Passos, e equipamentos pesados, que estavam em Bela Vista do Toldo, foram apreendidos.

A Justiça deferiu também a decretação da apreensão de bens dos investigados, ou existentes em nome de laranjas, que seriam, supostamente, produto dos crimes, além da desocupação de quatro residências. 

A desocupação das residências de Beto Passos e Renato Pike foram posteriormente suspensas por medida liminar.

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