tres_barras

refis

‘Mamãe, um dia eu vou ficar branco?’, pergunta criança vítima de racismo em SP

Avatar photo
Menino de 5 anos foi chamado de cocô por colegas de escola, e questionou a mãe sobre a cor preta da pele.

LEIA TAMBÉM

“Mamãe, um dia eu vou ficar branco?” A pergunta foi feita por Mathew, de 5 anos, à mãe, a estilista Claudete Alphonsus, após o menino ser alvo de xingamentos por outros alunos de uma escola na Zona Sul de São Paulo.

A mãe contou que vinha observando o desânimo do filho em ir para as aulas e resolveu conversar com a criança. Mathew estuda desde 2021 na escola particular onde vinha acontecendo a situação.

Usando a ferramenta stories, do Instagram, ela publicou imagens do filho chorando e a questionando sobre a cor preta da pele, que acabou virando alvo de deboche na escola. “Mamãe, eu não sou lindo. Eu sou um cocô”, disse o pequeno à mãe chorando. Para tentar acalmar o filho, Claudete disse ao filho que ele era lindo e que não havia problema em ser negro. 

“Foi a coisa mais dolorosa de ouvir. Eu senti meu coração dilacerar e partir em pedacinhos. Sofri e chorei com ele. Peço a todos que tomem conta do mental de seus filhos pretos e não permitam que machuquem e nem permitam que eles façam seus filhos acharem que é feio por ser marrom! Ele tem 5 anos e já sofre o peso da cor… Não passarão…”, desabafou a mãe.

Claudete ainda escreveu que não suporta mais sentir essa dor, ao se referir ao ocorrido com o filho. “Ele não sabe se defender. As crianças não sabem que tá errado. Mas os pais sabem, as professoras sabem. E isso não pode se tornar rotina”, acrescentou a estilista. Por fim, Claudete disse que a ferida que abriram nela está difícil de cicatrizar. 

Segundo Claudete, ela esteve em reunião com a instituição nesta segunda-feira (19) que a informou que a direção vai averiguar todo ocorrido para apresentar uma resposta.

“Hoje pela manhã realizamos uma reunião extensa com a escola do meu filho que nos informou que ira averiguar todo o ocorrido para nos trazer uma resposta. Por enquanto entendemos que há um caminho longo para que possamos superar essa situação”, contou.

A mãe disse ainda estar contando com uma assessoria jurídica para tomar as medidas necessárias sobre o caso.

Notícia Anterior

LESÃO CORPORAL
Canoinhas: casal briga com faca por causa de falta de combustível em veículo

Próxima Notícia

PARANÁ
Morre preso que pulou do 5º andar de hospital em Curitiba