festival

Ministério Público vai recorrer da decisão que soltou Suzane Richthofen

Avatar photo
Suzane von Richthofen tinha 18 anos quando assassinou seus pais, junto com Daniel e Cristian Cravinhos. Os três confessaram o crime.

Suzane von Richthofen participou do assassinato dos pais, Manfred e Marísia Von Richthofen, em 31 de outubro de 2002, tendo sido condenada a 39 anos de prisão.

O crime, à primeira vista, parecia latrocínio. Porém, Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos confessaram o homicídio.

Autora de um dos crimes mais famosos do país, Suzane von Richthofen foi solta no fim da tarde de ontem (11) depois de a Justiça conceder progressão para o regime aberto. Ela estava presa desde 2002.

O alvará de soltura foi cumprido pela Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, de Tremembé (SP), onde ela estava presa.

Nesta quinta-feira (12), o MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo) informou que vai recorrer da decisão judicial que autorizou a progressão da pena de Suzane para o regime aberto.

De acordo com o TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), a decisão de conceder a Suzane a progressão para o regime aberto foi determinada “após ser verificado o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela Lei de Execução Penal”. O órgão não detalhou os motivos da soltura. O caso tramita em segredo de Justiça.

Relembre o crime

Em julho de 2006, Suzane foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão, junto com Daniel e Cristian Cravinhos. Os três foram considerados culpados pelo assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen, em outubro de 2002, há pouco mais de 20 anos.

Suzane chora no dia do enterro dos pais, em 2002. Foto: Reprodução

Os três confessaram o crime poucos dias depois de terem cometido o homicídio.

Daniel passou para o regime semiaberto em 2013 e progrediu para o regime aberto em 2018. Já seu irmão, Cristian, foi flagrado com munição de uso restrito após uma confusão em um bar de Sorocaba quando cumpria o regime semiaberto e voltou a ser preso.

Suzane von Richthofen, que tinha 18 anos quando cometeu o crime, obteve progressão para o regime semiaberto em 2015, quando conseguiu o direito também a cinco saídas temporárias.

Atualmente com 39 anos, ela voltou a estudar com autorização da Justiça e faz graduação em biofarmácia em uma faculdade particular de Taubaté.