Na sexta-feira (2), a Polícia Civil indiciou Nadiro da Silva de Souza pela morte da filha Maria Cecília da Silva de Souza, de quatro anos em Terra Rica, no noroeste do Paraná. O homem foi indiciado pelos crimes de ocultação de cadáver e homicídio qualificado.
De acordo com a investigação da polícia, o pai matou a filha depois de buscar a criança que estava com a mãe, no dia 12 de maio. A defesa de Nadiro informou que vai se manifestar somente nos autos do processo.
No dia 25 de maio, Nadiro se entregou à polícia suspeito de matar a própria filha. No dia 26 de maio, foi transferido de Terra Rica para Maringá.
O homem estava foragido desde 13 de maio, quando o corpo da filha dele foi encontrado dentro do Rio do Corvo, afluente do Rio Paranapanema, em Terra Rica. O Instituto Médico-Legal (IML) apontou em laudo que a menina morreu asfixiada e estrangulada.
Como foi o crime
Maria Cecília é fruto do relacionamento que Nadiro teve com Beatriz Silva Félix. Por estarem separados, ele conseguiu da Justiça a autorização para passar as tardes com a filha quando estava de folga do trabalho.
No dia 12 de maio, data em que foi considerada desaparecida, a criança se despediu da mãe e foi ao encontro do pai. A cena foi gravada por uma câmera de segurança, usada pela polícia na investigação.
Naquela tarde, Beatriz pediu, por meio de um aplicativo de mensagens, para Nadiro devolver a filha, cumprindo assim o acordo feito pelos dois na Justiça.
Para a polícia, o homem cometeu o crime porque não aceitava o fim do relacionamento com Beatriz e também por não aceitar que ela criasse a menina.
Beatriz disse que pouco antes de entregar Maria Cecília para o pai, a menina comemorou que ia vê-lo.
De acordo com a mãe, o casal ficou junto por cerca de quatro anos, mas estava separado há pelo menos dois anos. Ela relatou que Nadiro ficou violento depois que ela engravidou, o que incentivou o término do relacionamento.
‘Dor insuportável’
A mãe relatou emocionada que não imaginava que isso poderia acontecer com a filha. De acordo com ela, o sentimento é de muita dor.
“Falo para as mães que têm seus filhos, cuidar dos filhos. É muito ruim perder um filho. É uma dor insuportável. Só de saber que eu nunca mais vou ver a minha filha… Ela era um anjo, não tinha maldade com ninguém, todo mundo gostava dela aqui, nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo um dia”.