O delegado do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), Rodrigo Rederde, informou que o pai do bebê que morreu depois de ser esquecido dentro do carro, em Curitiba, deve responder por homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
“Em princípio, não houve intenção, mas iremos confirmar isso através das provas que estamos buscando” , disse. A criança dormiu e ficou quietinha no banco de trás
O caso na terça-feira (27), no bairro Santa Felicidade. À polícia, o homem afirmou deixaria a criança na escola, mas esqueceu o bebê dentro do carro, no estacionamento do local onde trabalha. Ao retornar para o veículo, no fim da tarde, encontrou a criança sem sinais vitais.
Segundo o delegado, o bebê de 1 ano e 7 meses ficou no carro entre 8h20 e 17h. O bebê chegou a ser levado para uma Unidade de Saúde, mas equipes não conseguiram reanimá-lo.
“A rotina sempre foi a mãe deixar as crianças no colégio e na creche. Tinha uma sobrinha deles que foi deixada antes no colégio. Nesse dia houve uma mudança de rotina e o pai foi fazer esse trabalho de deixar as crianças na creche e na escola. Ele simplesmente esqueceu de deixar o filho na creche. A criança dormiu e ficou quietinha no banco de trás, ele foi para o trabalho, fechou o veículo e a deixou lá dentro. Foi essa a versão apresentada”, afirmou o delegado.
Segundo Rederde, o pai estava bastante abalado e isso dificultou o depoimento.
“O depoimento dele é um depoimento difícil de conseguir detalhes. Em razão de estar muito abalado e chorando, foi difícil de fazer essa oitiva. Não descartamos a possibilidade de ouvi-lo novamente para sanar todos esses detalhes, fazer a ordem cronológica dos fatos para verificar se eles condizem com uma culpa ou dolo ou até mesmo a ausência de negligência do pai”, contou.
O delegado informou que testemunhas estão sendo ouvidas nesta quinta (29) e sexta (30).
O bebê foi velado e sepultado na quarta-feira (28), no Cemitério do Abranches, em Curitiba.