Agora só falta um! Prefeito de Bela Vista do Toldo vira réu na Mensageiro

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Dos 16 prefeitos e um vice-prefeito presos, 15 deles já respondem a processo na Justiça. Câmara Criminal vai analisar denúncia contra o último prefeito preso; de Três Barras.

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O Tribunal de Justiça de Santa Catarina confirmou nesta quinta-feira (10) que os prefeitos Alfredo Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo, e Luis Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim, viraram réus na Operação Mensageiro ao aceitar a denúncia feita pelo Ministério Público.

Prefeito de Bela Vista do Toldo, Alfredo Cezar Dreher, vira réu na Operação Mensageiro — Foto: Prefeitura de Bela Vista do Toldo/Arquivo

Agora a 5ª Câmara Criminal terá apenas mais um mandatário para fazer a análise do pedido. Trata-se de Luiz Divonsir Shimoguri (PSD), prefeito de Três Barras, também preso na Operação do GAECO e do GEAC, que investiga um esquema de corrupção na coleta e destinação do lixo, feito por uma empresa privada que teria garantido a vitória nas licitações com o pagamento de propina.

No caso de Dreher, há uma peculiaridade: quando foi preso em abril deste ano, ele já havia assumido a prefeitura de Bela Vista do Toldo porque era vice de Adelmo Alberti, também preso em junho de 2021, na Operação Et Pater Filium, denúncia de corrupção que deu origem à Operação Mensageiro. 

O suposto esquema de pagamento de propinas investigado na Operação Mensageiro teria continuado a ter negociação de pagamentos mesmo depois da prisão de prefeitos e funcionários da empresa pivô do caso, a Serrana Engenharia. A informação é do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), na acusação feita contra o prefeito afastado de Bela Vista do Toldo, Alfredo Cezar Dreher.

Quanto ao prefeito de Três Barras, este teve o teve o 2º pedido liminar em habeas corpus negado no início deste mês.  De acordo com o Ministério Público, Shimoguiri teria recebido em tese, R$ 805 mil reais de propina somente na atual gestão. 

Prefeito de Três Barras será o último a ter denúncia analisada — Foto: Arquivo

A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina se reúne no próximo dia 24 para analisar a denúncia contra Shimoguiri. Ele está preso desde 27 de abril. Caso a denúncia seja aceita, ele se torna o 16º prefeito réu na Operação Mensageiro, fechando assim o ciclo de análises de denúncias contra os agentes públicos.

O recebimento da denúncia é o ato pelo qual o acusado passa a ser réu no processo, ou seja, passa a responder por crime ou delito. Após responder a processo, pode ser absolvido ou condenado a cumprir pena.

Alguns prefeitos que tiveram a denúncia aceita há alguns meses já estão com os processos adiantados, em próximos de julgamento. O primeiro a receber sentença deve ser o de Itapoá, Marlon Neuber (PL).