O secretário estadual de Polícia Civil do Rio de Janeiro, José Renato Torres afirmou que o homicídio de três médicos na madrugada desta quinta-feira (5), não ficará impune. Segundo ele, todas as equipes da corporação estão à disposição do Departamento de Homicídios para elucidar o crime. Uma quarta vítima do ataque a tiros ficou ferida e foi encaminhada ao hospital.
De acordo com a Polícia Militar, eles estavam em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, quando homens em um carro pararam no local e dispararam contra as vítimas. A perícia colheu 33 estojos (sobras de projéteis) de pistola calibre 9 mm de cano curto no local do crime.
Os quatro profissionais eram ortopedistas e atuam fora do Rio de Janeiro. Estavam na cidade para participar de um congresso internacional de cirurgia minimamente invasiva de tornozelo e pé.
A Polícia Civil identificou os médicos mortos como Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, Diego Ralf de Souza Bomfim, de 35, e Perseu Ribeiro Almeida de 33 anos.
Corsato, médico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Universidade de São Paulo (USP), e Bomfim são registrados no Conselho de Medicina de São Paulo. Já Almeida é registrado no conselho baiano.
Até o início da tarde desta quinta-feira, a principal linha de investigação era de que os quatro médicos foram baleados por engano.
Um grupo de traficantes de drogas que disputam o controle de comunidades de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio é apontado como principal suspeito de executar os médicos.
O alvo seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, miliciano que pode ter sido confundido com um dos médicos executados (veja na foto abaixo). Taillon estava preso desde 2020 e conseguiu liberdade condicional no ano passado. O criminoso integra uma milícia há meses em guerra com traficantes pelo controle de regiões da Zona Oeste.
O endereço de Taillon é justamente na Avenida Lucio Costa, a mesma do quiosque onde ocorreu o crime. A polícia investiga se uma pessoa viu o grupo sentado e informou aos assassinos.
Segundo a polícia, na imagem da câmera de segurança, é possível ver um dos atiradores voltando para conferir o Perseu, já baleado.