A cidade de Grindavík, no sudoeste da Islândia, foi evacuada na noite de sexta-feira (10) em meio às preocupações por uma possível erupção vulcânica. A Islândia tem 33 sistemas vulcânicos ativos — o maior número da Europa.
Ao longo desta semana, o país registrou cerca de 1,4 mil tremores de terra. Após o fenômeno, autoridades encontraram evidências de magma se espalhando no subsolo e decidiram evacuar a cidade, que tem cerca de 3 mil moradores.
O Gabinete Meteorológico da Islândia informou, neste sábado (11), que havia um risco “considerável” de uma erupção na península de Reykjanes por conta do tamanho da intrusão subterrânea de magma e da velocidade com que se movia.
Mais de mil tremores de terra
Os terremotos começaram no dia 25 de outubro, mas a frequência se intensificou nos últimos dias. Entre quarta-feira (8) e quinta-feira (9), foram registrados cerca de 1.400 tremores de terra. O mais forte deles foi de magnitude 4,8.
O aumento da atividade sísmica levou ao encerramento do spa geotérmico Lagoa Azul, uma das principais atrações turísticas do país.
A região de Reykjanes assistiu nos últimos anos a várias erupções em áreas despovoadas, mas acredita-se que o atual surto representa um risco imediato para a cidade, disseram as autoridades.
Reykjanes é um ponto quente vulcânico e sísmico a sudoeste da capital Reykjavik. Em março de 2021, fontes de lava irromperam espetacularmente de uma fissura no solo medindo entre 500 e 750 metros de comprimento no sistema vulcânico Fagradalsfjall da região.
A atividade vulcânica na área continuou durante seis meses naquele ano, levando milhares de islandeses e turistas a visitarem o local. Em agosto de 2022, ocorreu uma erupção de três semanas na mesma área, seguida por outra em julho deste ano.