Uma operação interestadual entre as Polícias Civis de São Paulo, Santa Catarina Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, deflagrou nesta quinta-feira (9) a operação “Tropos” em combate a uma organização criminosa voltada à prática de fraudes eletrônicas e bancárias.
O objetivo da operação foi dar cumprimento a mandados de prisão temporária e 36 buscas domiciliares deferidas pelo Poder Judiciário. A DIC de Joinville contou com apoio das equipes que atuam em São Bento do Sul, Mafra, Canoinhas, Rio Negrinho e Jaraguá do Sul e Florianópolis.
Na madrugada, agentes policiais efetuaram diligências simultâneas em Porto Alegre, Joinville, Florianópolis, São Paulo (capital, Guarulhos e Ferraz de Vasconcelos), Minas Gerais (Vespasiano e Ribeirão das Neves) e Rio de Janeiro (capital), a fim de localizarem e prenderem os suspeitos, bem como darem cumprimento às buscas.
Durantes as ações foram presas 10 pessoas e apreendidos documentos e aparelhos celulares. Todos os suspeitos encontrados foram interrogados. Cinco pessoas seguem foragidas.
A investigação durou cerca de três anos e contou com o apoio da Delegacia de Polícia de Pedrinhas Paulista (SP), local onde um dos crimes foi cometido.
Foram identificados 36 integrantes desse grupo, o qual agia de maneira especializada em fraudes bancárias e crimes de estelionato.
Uma das vítimas sofreu um prejuízo estimado em quase meio milhão de reais. A fraude contou com falsos contatos telefônicos, onde os criminosos se faziam passar por funcionários das instituições bancárias, levando a vítima a efetuar operações bancárias em seu prejuízo.
Além disso, movimentavam os valores obtidos fraudulentamente de maneira rápida e fracionada, dissimulando a origem desses valores e, assim, dificultando a atuação policial.
Os criminosos abriram empresas de fachada em seus nomes e as respectivas contas bancárias, emitindo boletos em crédito para aquelas contas, debitados da conta da vítima. Também eram feitas compras simuladas em cartões de crédito, apenas como forma de se distribuir aqueles valores obtidos ilicitamente entre os integrantes da organização.
Nessas operações eles adotavam ainda a cautela de respeitarem limites de valores, de maneira a afastarem normas administrativas que, a depender de determinada quantia, obrigam que as instituições bancárias comuniquem órgãos fiscalizadores do sistema Financeiro Nacional. Atuavam assim, “abaixo do radar”. O grupo criminoso se espalhou em pelo menos cinco estados da federação.
De acordo com o delegado Murillo Yago Batalha, da DIC de Joinville, a Polícia espera agora identificar os demais integrantes do grupo criminoso e recuperar os valores desviados da vítima, concluindo assim as investigações.