A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi eleita como uma das mulheres mais influentes de 2023 pelo jornal britânico Financial Times. É a única brasileira dentre 24 personalidades femininas.
A revista define “influência” como sendo o “o poder de persuadir, advogar por mudanças e imaginar maneiras melhores de fazer as coisas”.
Dentre as mulheres eleitas como mais influentes este ano estão também a cantora Beyoncé, a escritora Barbara Kingsolver, o grupo de música pop coreana K-pop, Mira Murati, diretora de tecnologia da OpenAI e a presidente-executiva da General Motors, Mary Barra.
A publicação reúne textos de diferentes autores sobre cada uma das eleitas. O texto de Marina é assinado por Michelle Bachelet. Ela é ex-presidente do Chile e foi alta comissária para os Direitos Humanos da ONU.
Veja o que diz Bachelet sobre Marina Silva
“O mundo enfrenta uma tripla crise de alterações climáticas, poluição e perda de biodiversidade. Como ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil, Marina Silva está no centro dessa crise.
Crescendo perto da floresta tropical, numa pequena comunidade de seringueiros, ela testemunhou em primeira mão a devastação da desflorestação e dedicou a sua vida a combatê-la. Marina se tornou a primeira pessoa de sua comunidade eleita para o Senado Federal e construiu apoio ao desenvolvimento sustentável na região amazônica.
Ela foi nomeada ministra do Meio Ambiente pela primeira vez em 2003 pelo presidente Lula da Silva e voltou ao cargo este ano. Ela tomou medidas drásticas para proteger a floresta amazônica, criando um serviço florestal, um instituto de biodiversidade e o Fundo Amazônia, o maior esforço internacional para a conservação da floresta tropical.
Sob a sua liderança, a desflorestação diminuiu 59 por cento entre 2004 e 2007. Marina continua a liderar o esforço para construir resiliência climática e restaurar o ecossistema conhecido como “os pulmões do planeta”.
*Texto traduzido do inglês/Financial Times