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Condenado pela morte do filho, Boldrini passa em processo seletivo para residência médica

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Apesar da condenação, não há nenhuma restrição legal que impeça que ele exerça a medicina.

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O médico Leandro Boldrinicondenado a 31 anos e oito meses de prisão pela morte do filho Bernardo, ficou em 4º lugar no processo seletivo para residência médica em coloproctologia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Coloproctologia é uma especialidade médica e cirúrgica que estuda as doenças do intestino grosso, do reto e do ânus.

O resultado foi divulgado na quarta-feira (10) pelo Centro de Ciências da Saúde (CCS). Há uma vaga.

Apesar da condenação, não há nenhuma restrição legal que impeça que ele exerça a medicina.

Rodrigo Grecelle Vares, um dos advogados que representa Boldrini, ao ser questionado se a defesa se manifestaria a respeito do resultado, respondeu “sem manifestações”.

Boldrini cumpre a pena no regime semiaberto. Em 4 de janeiro, ele saiu da Penitenciária Estadual de Santa Maria, onde está preso, para realizar a última etapa da seleção. Ela foi realizada em novembro de 2023.

Apesar de Boldrini ter ficado em 4º lugar, ainda há prazo para recursos e suplentes podem ser convocados em caso de desistências. O prazo para os recursos termina nesta sexta-feira (12). Então, caso seja aprovado, ele poderia deixar a Penitenciária durante o dia para frequentar a residência.

As atividades dos residentes iniciam em 1º de março de 2024 e a residência em coloproctologia tem duração de dois anos.

Relembre o caso

O menino Bernardo foi morto em abril de 2014, aos 11 anos, após receber uma superdosagem de sedativo. Além de Leandro Boldrini, foram condenados pelo crime a madrasta do menino, uma amiga dela e o irmão da amiga. Todos foram condenados por homicídio em 2019. No entanto, a sentença de Leandro, considerado mentor do assassinato pelo Ministério Público, foi anulada pelo Tribunal de Justiça em 2021.

Policiais encontram o corpo do menino de 11 anos desaparecido em Três Passos, RS — Foto: André B. Piovesan/Folha do Noroeste

Em março de 2023, Leandro Boldrini foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.

Preso desde 2014, ele atingiu o requisito de tempo previsto para passar do regime fechado para o semiaberto. Cumpriu dois quintos da pena, por isso, alcançou o direito à progressão, já que trabalhou desde o início. Boldrini atuava na cozinha do presídio em que estava.

Em julho de 2023, ele foi beneficiado pelo uso de tornozeleira eletrônica em razão da falta de vagas no sistema prisional. Conforme a juíza responsável pela decisão, a medida acompanhou o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).

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