Namorada do idoso morto no Paraná é presa após denúncia anônima
Após uma denúncia anônima, recebida pela Polícia Militar, Claudiane Piedade Machado, de 22 anos, que era namorada do idoso encontrado morto em um rio, no início de janeiro, foi presa no fim da tarde de ontem (19), no município de Ibaiti, no Norte do Paraná, cidade distante 160 quilômetros de Londrina.
Ela estava em um carro com outra pessoa, que não foi detida. A jovem era a última suspeita envolvida no crime que ainda não tinha sido capturada.
Segundo a polícia, Claudiane é suspeita de participar da morte de Roque Miguel Bronqueti, de 72 anos. O idoso foi encontrado com mãos e pés amarrados no Rio Tibagi, em Jataizinho, norte do estado. Ele morava em Wenceslau Braz, a 200 km onde foi localizado. A polícia trata o caso como latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
Claudiane era a companheira de Miguel e havia desaparecido após o crime, sendo localizada em um sítio, no dia 10 de janeiro, a cerca de 80 km de Wenceslau Braz, onde o casal morava. Ela prestou depoimento, e disse que à polícia que se isolou por ser dependente química, sendo liberada em seguida. Depois disso, com o avanço das investigações, passou a ser suspeita e estava foragida.
No dia 17, a polícia emitiu quatro mandados de prisão, sendo um deles para Claudiane. No mesmo dia, dois suspeitos foram presos (um rapaz de 25 anos e uma mulher de 19). O outro suspeito morreu em confronto com a Polícia Militar (PM), em Londrina.
O suspeito morto foi sepultado na quinta-feira (18). Na manhã de sexta (19), o corpo dele foi encontrado carbonizado, fora do túmulo. Funcionários do cemitério chegaram para trabalhar cedo e encontraram o corpo queimado.
O latrocínio
O delegado Huarlei de Oliveira Chaves, responsável pelo caso, afirmou que os quatro suspeitos entraram na casa do idoso e deram um golpe na cabeça dele, ainda em Wenceslau Braz. Desacordado, ele teve as mãos e pés amarrados e foi colocado na própria caminhonete.
“Os suspeitos jogaram a vítima no Rio Tibagi e guardaram o veículo em uma casa em Londrina. No dia seguinte, a caminhonete foi apreendida pela polícia. Após o crime, todos foram para um sítio, perto de Wenceslau Braz. Lá, fizeram um churrasco, como se nada tivesse acontecido”, afirmou Huarlei Chaves.
Conforme o delegado, uma das suspeitas confessou que o grupo amarrou os pés e mãos do idoso na casa dele. Depois, já em Jataizinho, jogaram o corpo no Tibagi.
