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Mexerica, ponkan, mimosa, bergamota e murcote: todas podem ser chamadas de tangerina?

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Na verdade, a maioria pode ser chamada de tangerina. A exceção fica por conta da murcote, que é a menos parecida entre elas.

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A tangerina chegou ao Brasil na década de 1890 e logo se adaptou a várias partes do País, em razão do clima e do solo. É rica em vitaminas A e C, sais minerais, potássio, magnésio, cálcio e fósforo, sendo, portanto, um alimento importante na prevenção e no combate a várias doenças.

Atualmente, quatro principais tipos são produzidos e comercializados no País. O problema é que, em cada região, essas variedades têm nomes que se misturam e fazem referências a diferentes espécies.

No Rio Grande do Sul, o termo mais utilizado é bergamota ou vergamota. No Paraná (principalmente em Curitiba e no litoral) e em Santa Catarina utiliza-se mimosa.

No Sudeste e no Centro-Oeste, a palavra mais utilizada para designar as tangerinas é mexerica. Já no Nordeste, além de “mexerica” e “tangerina”, pode-se encontrar o termo “laranja-cravo”.

Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é comum utilizar o termo poncã para qualquer variedade de tangerina, enquanto em outras partes do País essa palavra indica uma variedade específica da fruta.

VAMOS ENTENDER

A tangerina é um assunto a parte quando se fala de cítricos e pode ser usada para se referir a frutas muito parecidas entre si. É o caso da ponkan e da mexerica, que têm várias semelhanças, mas são espécies diferentes.

A ponkan é a mais popular do grupo entre brasileiros e surgiu depois do cruzamento entre pomelo e tangerinas originárias da China. Seu nome científico é “Citrus reticulata Blanco”.

Já a murcote, a segunda mais consumida no país, foi originada na Flórida na década de 1970 em um cruzamento entre a tangerina e a laranja. Ela é um híbrido e, tecnicamente, é um tangor, e não uma tangerina.

Há ainda a mexerica, que também surgiu do cruzamento do pomelo com tangerinas muito antigas. 

E o grupo das tangerinas não para por aí: ele está no cruzamento com a laranja que levou a híbridos como a murcote, mas também deu origem à laranja em um cruzamento com o pomelo.

Em resumo, é possível dizer que toda ponkan ou mexerica pode ser chamada de tangerina, mas nem toda tangerina pode ser chamada de ponkan ou mexerica.

Confira nas informações e fotos abaixo sobre as peculiaridades e veja o melhor período para comprar cada uma.

Ponkan

Ponkan é a tangerina mais popular entre os brasileiros

Tamanho médio e com ‘pescoço’ proeminente, de 2 a 6 sementes, fácil de descascar, casca macia, doce e levemente ácida. Colheita entre abril e junho.

Mexirica

Mexerica também é conhecida como bergamota e carioquinha. 

Pequena e achatada, de 10 a 15 sementes, fácil de descascar, doce. Colheita entre abril e junho.

Murcote

Murcote é um tangor, um tipo de híbrido de tangerina e laranja .

Mais parecida com laranja, de 10 a 15 sementes, tem a casca mais aderida aos gomos, mais difícil de descascar, muito doce e pouco ácida. Colheita entre agosto e outubro.

Montenegrina

Montenegrina tem a casca bem fina e sua maturação é em setembro.

É uma tangerineira tardia. A variedade chamada de montenegrina vem da região de Montenegro, no Rio Grande do Sul. É menor que a ponkan e tem coloração mais avermelhada. O sabor é mais cítrico, sem perder a doçura. O termo “mimosa” designa essa variedade em parte do Paraná e de Santa Catarina.

Seja mimosa, mexerica ou ponkan, não é raro ver diferentes tipos de tangerinas serem chamados da mesma forma na feira ou no mercado. Assim, ninguém vai precisar “corrigir” o jeito de se referir à fruta.

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