A missão canoinhense que vai auxiliar as famílias gaúchas no Rio Grande do Sul partiu na tarde desta terça-feira (7). O destino é a cidade irmã de nome: Canoas, cidade localizada na região metropolitana de Porto Alegre, distante 536 quilômetros de Canoinhas.
“O nosso coração e as nossas orações já estão com o Rio Grande do Sul, mas nós precisamos fazer mais, por isso a prefeitura está encaminhando grupo de apoio com servidores públicos municipais que trabalhou na enchente de 2023. É um pouco do que a gente pode fazer pelos nossos irmãos gaúchos”, explica a prefeita Juliana Maciel.
O grupo embarcou com as malas cheias de esperança e o bagageiro do ônibus carregado com água: “estamos saindo em missão com a doação de cerca de três mil garrafinhas adquiridas pelos servidores municipais”, revela a assistente social Marilin Werka.
Os servidores viajaram com apoio da empresa Buenostur, que reduziu o valor do transporte para esta missão.
As condições em Canoas são precárias. A avaliação da prefeitura local é de que mais de 60% da cidade esteja, parcial ou totalmente, submersa, com mais de 80 mil residências e 180 mil pessoas afetadas.
Entre os prejuízos estão 27 Unidades de Saúde, o Hospital de Pronto Socorro (HPS), três UPAs, quatro Centros de Assistência Psicossocial (CAPS), 23 escolas de Ensino Fundamental e 18 de Educação Infantil, além de um Centro de Atendimento e Educação Inclusiva (CEIA). As demais instituições de ensino servem de abrigo para famílias acolhidas.
Na cidade, 17 mil pessoas estão em 59 abrigos. A prefeitura de Canoas estima que demore até 60 dias para que a água que invade a cidade, recue.
A informação foi dada pelo prefeito Jairo Jorge, em coletiva na tarde desta segunda-feira, 6. Entre os principais problemas da cidade está o abastecimento com água. De acordo com a prefeitura, ao menos três poços artesianos devem ser construídos para que o abastecimento na cidade seja gradualmente retomado.