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Itamaraty confirma morte de adolescente de Santa Catarina no Líbano

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Os corpos da adolescente e de seu pai ainda não foram enterrados porque, segundo um familiar, a região onde eles moravam está inacessível.

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O Itamaraty confirmou nesta sexta-feira (27) a morte de Mirna Raef Nasser, adolescente brasileira natural de Balneário Camboriú (SC), após bombardeios no sul do Líbano no início da semana.

O governo brasileiro informou que a jovem de 16 anos, e o pai dela, de nacionalidade libanesa, foram atingidos por um ataque aéreo em casa na última segunda-feira (23).

A casa foi atingida por três mísseis. O primeiro deles acabou não explodindo, o que fez pai e filha correrem para a saída. Mas eles não tiveram tempo suficiente para deixarem o local. “Eles foram encontrados abraçados. Ele tinha abraçado a menina e estava saindo da casa. Atacaram a casa, e o primeiro [míssil] não explodiu“, diz Ali Bu Khaled, tio de Mirna, que mora no Brasil.

Trata-se da segunda cidadã brasileira atingida pelos intensos bombardeios aéreos israelenses na região“, afirma nota do Itamaraty. “A Embaixada do Brasil em Beitute, segue a nota, está prestando assistência à família da adolescente“.

A brasileira planejava voltar ao Brasil para visitar a família ainda este ano. A informação foi confirmada pelo tio. Mirna Raef Nasser tinha pouco mais de um ano quando deixou o país. Ela nasceu em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, mas se mudou para o Líbano com a família ainda muito nova.

A brasileira morava com o pai, a mãe e três irmãos. O tio de Mirna contou que soube que a casa do seu irmão havia sido bombardeada na segunda-feira (23). “A minha família me ligou, mas os socorristas não conseguiam acessar os escombros naquele momento“, disse.

Os corpos do pai Raef Nasser, de 46 anos, e de Mirna só foram encontrados na terça-feira (24). Eles ainda não foram enterrados porque, segundo o tio, a região onde eles moravam está inacessível.

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